30 de novembro de 2008

V Encontro da Agricultura Familiar do Araripe

Por
Mariana Landim*
Começou ontem (01) e segue até hoje (03), no município de Ouricuri, Sertão do Araripe pernambucano, o V Encontro da Agricultura Familiar do Araripe (Enafa). O evento reúne entidades não-governamentais, instituições privadas, representantes da sociedade civil, do governo e de movimentos sociais, além de agricultores/as familiares da região.

O Enafa acontece a cada dois anos, e este ano, se propõe a discutir as políticas relacionadas à convivência com o Semi-Árido, a partir dos seguintes enfoques: soberania e segurança alimentar, agroecologia, acesso à mercados, sustentabilidade ambiental e gênero.

Durante o encontro será comemorado o aniversário de 20 anos do Centro de Assessoria e Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não-Governamentais Alternativas (Caatinga), com apresentações culturais, homenagens, retrospectivas e lançamento de publicações. A programação também prevê uma feira de sabores e saberes, onde os/as agricultores/as familiares irão expor seus produtos. O encontro se encerra com a apresentação e aprovação da Carta Política do encontro.
*Mariana Landim – comunicadora popular da ASAUGT Chapada/Pernambuco

27 de novembro de 2008

Projeto de apoio ao cultivo da mandioca

O Governo do Estado promove hoje na cidade de Buíque, a 258 quilômetros do Recife, o 2o Encontro de Produtores de Mandioca do Agreste. O evento reúne técnicos, empresários e agricultores de 30 municípios da região e tem como objetivo o lançamento do Projeto de Desenvolvimento Regional Sustentável da Mandiocultura no Agreste Pernambucano e a discussão de medidas relacionadas à safra de 2009/2010.
“Esse projeto prevê mobilizar, sensibilizar, qualificar e inserir os agricultores e suas famílias na cadeia produtiva da mandioca, apoiando o fortalecimento sustentável dessa cultura. A proposta é incrementar o acesso, a liquidez do crédito e o aumento da renda”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho.
Coordenado pelas secretarias de Desenvolvimento Econômico, de Agricultura e Reforma Agrária em parceria com o Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA, Banco do Brasil e Mina Grande Agroindustrial, o projeto prevê o plantio de cinco mil hectares de mandioca no Agreste, até o final de 2009. Nesse período, o Governo apoiará 1.700 agricultores, em todas as etapas do processo produtivo.
A produção estimada é de 80 mil toneladas de raiz de mandioca, o que contribuirá com a criação de 335 mil empregos diretos temporários no cultivo e sete mil ocupações indiretas. Entre outras ações previstas, há ainda o incentivo a 28 grupos de mulheres e jovens rurais na produção artesanal de alimentos à base de mandioca.
O projeto contribuirá para a redução da importação de 27 mil toneladas da farinha de fécula de mandioca, minimizando os custos do produto para os consumidores e a evasão da receita estadual. “Queremos aquecer o mercado, promover a geração de emprego e renda por meio da área cultivada e produtividade do plantio”, ressaltou o secretário Fernando Bezerra Coelho.
O investimento no projeto é da ordem de R$ 7,5 milhões dos quais 95% são oriundos de empréstimos bancários e os outros 5% de recursos próprios dos produtores. Haverá uma circulação de capital, na região, da ordem de R$ 12,4 milhões provenientes da venda de 80 mil toneladas da raiz da mandioca.
Nesta ação, o Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável da Mandiocultura no Agreste Pernambucano envolverá várias prefeituras, entidades sindicais e de apoio a pequenos empresários e ensino, como o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Pernambuco - Sebrae, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar/PE, Universidade Federal Rural e Embrapa.
Tradição - A mandioca é base para a receita de pratos típicos da região. Ela é tida como uma cultura de grande importância social, já que está presente na alimentação de mais de 700 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, principalmente nas áreas mais pobres da região Nordeste do Brasil.
No País, 33,9% da produção da raiz é dirigida à alimentação humana e 50,2% à alimentação animal. Em Pernambuco, os destinos se invertem; 59,1% são destinadas à alimentação humana e 25% para a dieta animal. No Nordeste, a raiz se transforma em farinha de mesa, goma e outros subprodutos. Em pequena escala, as folhas já são utilizadas como farinhas de suplemento alimentar, fonte de Vitamina A.
Fonte:
CEPE

26 de novembro de 2008

Seminário com povos indígenas

Representantes de 11 etnias indígenas - Xucuru, Atikum, Truká, Pankará, Pipipã, Kambiwá, Tuxá, Pankararu, Kapinawá, Fulni-ó e Pankaiuká - participam, de hoje até sexta-feira, na Aldeia Capim de Planta, em Pesqueira, do 1o Seminário de Assistência Técnica Indígena de Pernambuco. O encontro, pioneiro no Nordeste, será aberto pelo secretário Agricultura e Reforma Agrária, Ângelo Ferreira. O objetivo é elaborar uma proposta de Assistência Técnica e Extensão Rural - Ater específica para os povos indígenas.
“A proposta é que os grupos indígenas participantes saiam do encontro com um plano de Ater que priorize as reais demandas desses povos”, disse o gerente geral de Agricultura, Gutemberg Granjeiro. “Para atingir essa meta, os temas tratarão das políticas públicas de assistência técnica existentes e o acesso das tribos - cada uma dentro de suas especificidades -, aos programas e projetos que proporcionarão o desenvolvimento socioeconômico dessas comunidades”, explicou.
Gutemberg destacou que a partir da implantação de uma proposta de Ater que considere as características indígenas, especialmente a cultura desses povos, os empreendimentos produtivos vão ser potencializados. “Também surgirão novas oportunidades, que vão inserir essas comunidades em mercados diferenciados de atividades agrícolas e não-agrícolas”.
O técnico do Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA, e articulador da Rede de Ater Indígena do Estado, Iran Ordônio, disse que todo o trabalho voltado para a realização do seminário foi participativo. “Os próprios indígenas elaboraram a pauta e a metodologia do encontro e isso vai legitimar os resultados”, ressaltou ele, que é descendente Xucuru. Em Pernambuco existem 191 aldeias com população de 41,7 mil índios.
Participam das discussões representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste - Apoinme, UFRPE, UFPE, UPE, Prorural, Delegacia Regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Centro Josué de Castro, Centro de Desenvolvimento e Apoio aos Municípios e Comunidades - Cendap, Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional - Consea-PE, Funai e Funasa.
Fonte:
CEPE

25 de novembro de 2008

Instituto C&A seleciona projetos

O Instituto C&A iniciou em 11 de novembro o processo de seleção de projetos para apoio no exercício orçamentário de 2009/2010 (março de 2009 a fevereiro de 2010). A organização seleciona projetos vinculados aos programas Prazer em Ler e Desenvolvimento Institucional. Os procedimentos para solicitação de apoio estão descritos em dois editais publicados na seção Apoio a Projetos do site do Instituto C&A

Para se inscrever, as organizações deverão preencher o formulário de apresentação de projetos, e envia-lá por via de Sedex. A data-limite para postagem é 6 de dezembro de 2008.
As solicitações de apoio encaminhadas serão analisadas conforme cronograma estipulado nos editais. A relação de apoiados será divulgada no site do Instituto C&A até as 20h do dia 10 de fevereiro de 2009.

24 de novembro de 2008

Merenda escolar realiza encontro nacional em Natal

Começa nesta terça-feira (25) às 19 horas, no hotel Praiamar, em Natal, o 4º Encontro Nacional de Alimentação Escolar, promovido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Cerca de 700 pessoas, entre gestores públicos de todos os estados, técnicos do FNDE e de outros órgãos do governo federal, representantes da comunidade escolar e de organismos internacionais, participarão do evento, que vai até sexta-feira (28).Durante o encontro, será feito um balanço do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), com destaque para os recentes avanços alcançados, e discutidas ações para melhorar a merenda servida aos estudantes brasileiros. Um dos mais recentes avanços ocorreu neste semestre. Mais de 380 mil alunos de escolas de educação integral inscritas no programa Mais Educação passaram a receber três refeições diárias. O repasse financeiro a estados e municípios foi triplicado para a compra da merenda desses estudantes, que passam pelo menos sete horas por dia na escola. O FNDE transfere para estes alunos, desde setembro, um valor per capita de R$ 0,66 por dia letivo.No encontro, serão apresentadas experiências bem sucedidas e debatidos variados temas relacionados à alimentação escolar, como a importância do controle social, a integração do Pnae com outras políticas públicas e a ampliação do programa para toda a educação básica. "Esperamos uma participação efetiva da comunidade escolar nas discussões", disse Albaneide Peixinho, coordenadora-geral do programa.O presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Renato S. Maluf, representantes de organismos internacionais, como Gustavo Chianca, da Organização das Nações Unidas para Agricultura a Alimentação (FAO), e Ute Meyer, do Programa Mundial de Alimentos, participarão dos debates, além de integrantes dos ministérios do Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Agrário e de universidades.*Ampliação -* Mais antiga política pública de segurança alimentar existente no país, o Pnae atende, atualmente, 36 milhões de estudantes da educação infantil e do ensino fundamental, com orçamento anual de R$ 1,6 bilhão. No entanto, pode ser ampliado ainda este ano. No início de novembro, foi aprovado na Câmara dos Deputados projeto de lei que estende o programa para toda a educação básica. Caso a aprovação seja confirmada no Senado, os 12 milhões de estudantes do ensino médio e da educação de jovens e adultos também receberão merenda escolar.
*Serviço
*4º Encontro Nacional de Alimentação Escolar
Data: 25 a 28 de novembro
Local: Praiamar Natal Hotel & Convention (Rua Francisco Gurgel, 33, Ponta Negra, Natal)
*Informações
*Assessoria de Comunicação do FNDE
(61) 3966-4856
*Fonte:
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

21 de novembro de 2008

Consea elabora documento sobre impactos dos agrocombustíveis na segurança alimentar

Marcelo Torres
Modelo agroalimentar e a produção dos agrocombustíveis: questões e impactos na Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Este é o título do documento elaborado pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional na sua última plenária e apresentado na Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, que acontece até esta sexta-feira (21), em São Paulo.Em tópicos, o documento faz um diagnóstico sobre as crises de alimentos e de energia, o deslocamento da produção, os impactos sobre a agricultura familiar e agroextrativista, as fragilidades da regulação pública, o investimento público, o trabalho aviltante nos canaviais e os limites do zoneamento agroecológico.Entre as recomendações, o Consea defende o apoio à agricultura familiar, a revisão do atual padrão de produção e consumo; a substituição de combustíveis fósseis por energia solar, eólica e geotérmica; a aproximação entre produção e consumo de alimentos; assistência técnica e financiamento para a agricultura familiar com base agroecológica; e a preservação da cultura e hábitos alimentares locais e regionais, entre outros.Em nota explicativa, o Consea explica o uso do termo agrocombustível e não biocombustível. "A opção pelo termo 'agrocombustível' é deliberada. Tem por objetivo deixar claro que as práticas vigentes do agronegócio para a produção de etanol e diesel a partir de produtos agrícolas não são condizentes com a palavra 'bio' que em grego significa 'vida'". Aprovado na reunião plenária realizada em 29 de outubro, o texto foi elaborado por um grupo de trabalho constituído na Comissão Permanente 2, formada por representantes de governo e da sociedade.
*Leia mais:
*Síntese do documento
Documento na íntegra

10º Encontro Pernambucano de Coco celebra tradição do Coco de Pontezinha


Por Aline Vieira*


Oficinas, exposições, shows artísticos e culturais, cineclube, palestra, feira cultural e roda de Mestres & Griôs. Assim será realizado o 10º Encontro Pernambucano de Coco, entre os dias 24 e 30 de novembro, em Pontezinha – Cabo de Santo Agostinho, evento que já é tradição no calendário das festas populares de Pernambuco e tem mantido viva a cena do coco de roda na região. Festival tido como único do gênero, nasceu há dez anos atrás para preservar e dar manutenção a manifestações e ao folguedo local, criando as condições de intercâmbio e sustentabilidade das matizes culturais do coco, através do resgate da dança local (característica própria do Coco de Pontezinha), do fortalecimento dos grupos culturais ali existentes e da oportunidade de se ter o único espaço edificado no gênero – o "Palanque do Coco". Pontezinha é um dos berços do coco pernambucano, com tradição centenária nascida no Alto de Santa Rosa, e transmitida por décadas.Com público estimado em 10 mil pessoas, o evento terá entrada gratuita e contará com os shows de Zé de Tetê (PE), Samba de Coco Raízes de Arcoverde (PE), Mestre Nelson Rosa (AL), Mestre Galo Preto e o Tronco da Jurema (PE), Ciranda de Lia (PE), Coco e Ciranda do Mestre Benedito (PB), Selma do Coco (PE), Ferrugem (PE), Todas de Pernambuco (PE), Zé Neguinho (PE), Coco de Mestre Goitá (PE), Coco do Mestre Dié (PE), Coco de Umbigada (PE), e Lindalva e Lavadeira do Norte (RN/PB).Para enriquecer o evento com ainda mais da cultura do coco, serão realizadas exposições de artesanatos e fotografias; oficina de cineclube, de artesanato, de dança e musicalidade, e de percussão; cineclubes com exibição de vídeos; palestra com tema "Economia da Cultura"; Roda de Mestres e Griôs; e feira de produtos culturais, oportunizando o contato direto com os artistas, mestres, griôs e brincantes da cultura do coco.O festival teve projeto aprovado em 2007 no 1º Edital Petrobrás Festivais de Música e está sendo apresentado pela Petrobrás, e patrocinado pelo Ministério da Cultura, Lei de Incentivo à Cultura e Governo Federal. Realizado pelo Centro Cultural Farol da Vila, e com apoio cultural da Fundarpe, Funcultura, Credimóveis Novolar, Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria Estadual da Educação, e Prefeitura Municipal do Cabo de Santo Agostinho.


Edição: Tereza Soares

*Aline Vieira é estagiária da Secretaria Executiva de Comunicação Social

20 de novembro de 2008

Oficinas de Segurança Alimentar e Nutricional para Santo Amaro

Dando continuidade as ações do Pacto Pela Vida/Governo Presente, o governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSDH) deu início nesta quarta-feira (20), as oficinas de segurança alimentar na comunidade do Campo do Onze, em Santo Amaro. Além das receitas com temas voltados a reaproveitamento total dos alimentos, houve palestras e dicas de nutrição.
Para a Superintendente das Ações de Segurança Alimentar e Nutricional, Mariana Suassuna, a população precisa conhecer mais sobre alimentação saudável. “Muito do que é desperdiçado tem grande valor nutricional e pode ser utilizado em receitas gostosas e econômicas. Por isso o governo numa ação conjunta inseriu essas oficinas na programação do Governo Presente”, explicou.
O objetivo das oficinas é promover ações sócio-educativas em segurança alimentar e nutricional, além conscientizar a população do direito de uma alimentação adequada. Ao final das oficinas aconteceu um teatro de bonecos para as crianças presentes, que contou o que devemos fazer para ter uma alimentação saudável. A próxima oficina acontece na segunda-feira (24), às 14h, no Campo do Onze.
GOVERNO PRESENTE - O programa é mais uma ação do Governo do Estado para diminuir a violência nas 12 áreas consideradas mais vulneráveis do Recife e Região Metropolitana. Lançado último dia (07), o projeto é articulado por oito secretarias estaduais e é composto por 33 ações. A ação visa atender pessoas de todas as faixas etárias oferendo atividades ligadas à prevenção de uso e tráfico de drogas, acesso à educação, esportes, cultura e cidadania.
A próxima oficina acontece na segunda-feira (24), às 14h, no Campo do Onze
Fonte:
SEDSDH/SEDAS/SUASAN

19 de novembro de 2008

Qualidade da merenda escolar interfere no rendimento do aluno


O principal objetivo do alimento é fornecer ao corpo os nutrientes necessários tanto para funções fisiológicas, como bioquímicas. Ou seja, alimento é sinônimo de energia. Sem ele, não há vida. Isso significa que o bom funcionamento do organismo está diretamente relacionado à qualidade dos alimentos que a pessoa consome.
Para que uma criança possa exercer suas atividades, entre elas, estudar, é fundamental que ela tenha então uma alimentação rica em carboidratos, principal fornecedor de energia. “O cérebro só usa carboidrato como fonte de energia. Então, se faltar energia no cérebro, não há aprendizagem. Então quanto mais variado for o cardápio e quanto mais nutrientes, e normalmente alguns nutrientes estão presentes nos alimentos in natura, maior vai ser o aprendizado dessa criança”, explica a nutricionista e coordenadora técnica de alimentação e nutrição do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Eliene Ferreira de Sousa.
A nutricionista orienta que para estimular o aprendizado a merenda deve conter alimentos ricos em magnésio, cálcio e ferro. Esses nutrientes estão presentes nas carnes vermelhas, no leite, em vegetais verde-escuros e no fígado. Para garantir uma merenda balanceada e promotora de saúde nas escolas públicas, a legislação prevê que o cardápio escolar seja elaborado por um nutricionista, inclusive, respeitando os hábitos alimentares e a cultura local.
Segundo Edineide Sousa, 70% dos municípios brasileiros têm nutricionista. Além de montar o cardápio, eles são responsáveis por outras atividades, como fazer avaliação nutricional dos alunos e acompanhar a qualidade da fabricação do alimento que vai ser servido. Recurso - Atualmente, o PNAE conta com um orçamento anual de R$ 1,6 bilhão. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela merenda escolar, repassa o recurso em 10 parcelas para as secretarias de educação municipais e estaduais, que podem optar por comprar os gêneros alimentícios e entregar nas escolas ou enviar o recurso direto para as unidades de ensino fazerem a aquisição dos produtos.
O montante destinado à merenda escolar é proveniente de uma ação orçamentária chamada Apoio à Alimentação Escolar na Educação Básica, que está dentro do Programa Brasil Escolarizado. O governo federal repassa R$ 0,22 para o aluno regular e R$ 0,44 para os estudantes de escolas indígenas e remanescentes de quilombos.
Os municípios e estados também podem entrar com uma contrapartida. No entanto, na maioria dos casos isso não acontece. Sem esse apoio não é possível garantir uma alimentação de qualidade e em quantidade suficiente, pois há casos, por exemplo, em que é necessário que os alunos se alimentem duas vezes durante o período em que estão na escola.
“Por exemplo, se eu fosse uma nutricionista que atuasse numa escola rural e soubesse que meus alunos iam ficar duas horas dentro do ônibus ou no lombo do cavalo para chegar à escola, muito provavelmente eu ia decidir que essa criança fizesse duas refeições: um café da manhã na chegada, e um lanche ou uma refeição reforçada ao sair porque ele vai passar mais duas horas até chegar em casa”, explica Edineide. Além de ser pouco, esse recurso às vezes nem chega até as escolas. Quem já não viu na televisão matérias denunciando situações em que os alunos estão sem livro e merenda escolar? Há vários casos de desvio de dinheiro da merenda por parte dos gestores públicos.
Com o Projeto de Lei da Alimentação Escolar (PL 2877/2008), que está no Senado para aprovação final, essas irregularidades poderão estar no fim. O projeto prevê, entre outras coisas, a punição do gestor envolvido com desvio de dinheiro. “Está previsto também no texto [do projeto] que caso o município seja penalizado, ele não vai receber o recurso. Então, o FNDE vai repassar esse recurso direto para a escola. E, hoje, isso não acontece”, ressalta Edineide.
Fiscalização - Para saber se o recurso destinado à merenda escolar está sendo aplicado de forma correta existe o Conselho de Alimentação Escolar, formado por pais de alunos, professores, e representantes da sociedade civil, do Legislativo e do Executivo. É papel também desse grupo assessorar as secretarias de educação e o nutricionista.
Além desse conselho, o próprio FNDE dispõe de uma auditoria interna, que recebe denúncias de irregularidades. A Controladoria Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público são órgãos de controle que também estão aptos a fazer a fiscalização.


Fonte:

Gleiceani Nogueira - ASACom

Alimentação escolar na pauta do Senado


Após uma ampla mobilização através de audiências, reuniões e de um abaixo-assinado eletrônico, que culminou com a aprovação do Projeto de Lei da Alimentação Escolar (PL 2877/2008) pela Câmara dos Deputados, no dia 05 de novembro, a sociedade civil e órgãos do governo agora estão intensificando o diálogo com os parlamentares para aprovação final do projeto no Senado. O Projeto de Lei atualiza o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que tem como objetivo “atender as necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência em sala de aula, contribuindo para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos estudantes, bem como promover a formação de hábitos alimentares saudáveis”. Uma comissão formada por representantes do Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional, Articulação Nacional de Agroeocologia, Movimento de Pequenos Agricultores, Movimento de Mulheres Camponesas e Associação Brasileira de Nutricionistas, além do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, está acompanhando permanentemente a tramitação da proposta no Senado. A expectativa é que o projeto seja aprovado ainda este ano, tendo em vista o centenário de vida de Josué de Castro, que se destacou na luta contra a fome. Dentre vários avanços no sentindo de garantir a segurança alimentar e nutricional, o Projeto de Lei prevê a universalização da alimentação escolar, uma vez que a expande para o ensino médio e para o ensino de jovens e adultos. Com isso, mais de 12 milhões de estudantes serão beneficiados. Outro aspecto inovador é a inserção da alimentação escolar dentro do projeto pedagógico da escola, através de ações como as hortas escolares e até mesmo de visitas dos alunos às propriedades onde são produzidos os alimentos.
A compreensão da alimentação escolar como direito humano é um dos destaques do projeto também. Vanessa Schottz, secretária executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional (FBSAN) explica que o direito à alimentação escolar vai além da suplementação alimentar dos alunos no tempo da escola, ele significa que as crianças estão consumindo um alimento adequado e saudável. “Essa alimentação tem que ser promotora de saúde, inclusive, respeitando os hábitos alimentares, a cultura dos alunos, e ela precisa ser produzida em base sustentável”, conclui Schottz.
Além de fortalecer a política de segurança alimentar, o projeto prevê a articulação com a política voltada para a agricultura familiar, quando estabelece que 30% dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar (FNDE), responsável pela merenda escolar, seja destinado à compra de alimentos de pequenos produtores, sem licitação.
“Por isso que um projeto como esse, quando ele coloca a questão da alimentação escolar na perspectiva do direito humano, quando ele articula a compra desses alimentos para o fortalecimento da agricultura familiar e da economia local, ele está na verdade articulando uma série de políticas, que vão para além da própria política de educação”, afirma a secretária executiva do FNSAN.


Fonte:

Gleiceani Nogueira - ASACom

AGROCOMBUSTÍVEIS SÃO OBSTÁCULOS PARA A SOBERANIA ALIMENTAR

A Declaração do Seminário Internacional sobre impactos dos agrocombustíveis foi entregue hoje (19) aos participantes da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, realizada, em São Paulo, pelo governo federal. No documento, os movimentos e as organizações sociais elencaram os problemas do modelo de produção e comercialização de agrocombustíveis e apresentaram as demandas do setor.
Fonte
Adital

18 de novembro de 2008

ZAIDAN e a Internet


O professor e cientista político Michel Zaidan utiliza a internet, mas sempre reforça seu caráter de ferramenta de ajuda nas pesquisas. "Uso muito a internet, mas não para entretenimento."


Gramsci (http://www.gramsci.com/) - "é um site sobre teoria política, inclusive com análises sobre a sociedade brasileira. É excelente."


Amazon (http://www.amazon.com/) - "me informo sobre publicações internacionais e peço material."

Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br/) - "encomendo publicações e vejo o catálogo, que é ótimo. Os comentários no site ajudam muito."

Primeira Leitura (http://www.primeiraleitura.com.br/) - "eles avaliam as gestões, assim como a parceria entre o controle público e privado. Há também questões sobre microeconomia."

Ministério da Educação (http://www.mec.gov.br/) - "projetos relativos à educação, à universidade pública e à reformulação do Ensino Médio."

Fonte:
JC/HotList (Chico Bezerra)

Côco na Praça


Neste domingo, 16 de novembro de 2008, aconteceu, mais um dia festivo para o povo olindense, em especial para a comunidade do Amaro Branco. O Côco na Praça, Projeto que conta com a participação dos coquistas do Amaro Branco e seus convidados, movimentou a Praça Israel Félix (Praça do AB), com muita animação ao som do côco de roda, comidas típicas e depoimentos.
Assim, cerca de 1000 pessoas, entre moradores, convidados e turistas fizeram da praça uma grande festa popular, abrilhantando a cultura de raíz.
Parabéns Projeto Côco na Praça e Futuro Ponto de Cultura do Amaro Branco!

IDEAS

Curso grátis sobre Controle Social

O Centro de Ação Cultural (Centrac), da Paraíba, está com inscrições abertas para o Curso "Controle Social da Gestão Pública", que vai acontecer nos próximos finais de semana - um em 22 e 23 e outro em 29 e 30 de novembro.
O curso, que é gratuito, tem o objetivo de capacitar a população para uma atuação qualificada nos espaços de construção, definição, implementação e fiscalização de políticas públicas, para que a sociedade possa cobrar o bom uso dos recursos públicos.
Dois promotores da Controladoria Geral da União (CGU) na Paraíba, Gabriel Aragão Wright e Rodrigo Márcio de Medeiros Paiva, serão palestrantes. A participação dos dois promotores é fruto de parceria entre o Centrac e a Secretaria de Prevenção à Corrupção e Informações Estratégicas, da CGU.
Eles vão falar sobre o papel da CGU e treinar os participantes para acessarem o "Portal da Transparência" e acompanhar as transferências feitas pelo governo federal para os municípios, bem como a execução dos programas sociais do governo federal (repasse de recursos e relação de beneficiados na Paraíba), disponíveis no site da CGU:
www.portaltransparencia.gov.br O curso terá um recorte de gênero. No dia 28 de novembro, sexta-feira, às 19h, haverá uma Oficina de Gênero. A facilitadora será Albertina Feliz da Cruz, assistente social e membro do grupo Flor e Flor da Universidade Estadual da Paraíba e da Rede de Mulheres em Articulação da Paraíba.
A oficina também faz parte da programação da Campanha "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres", que este ano trará como tema: "Há momento em que sua atitude faz a diferença. Lei Maria da Penha. Comprometa-se". O curso "Controle Social da Gestão Pública" é dividido em módulos e acontece sempre nos finais de semana das 9h às 17h, na sede do Centrac, rua Rodrigues Alves, 672, no Bairro da Prata. O curso será ministrado pela mestre em Economia, Laudicéia Araújo, coordenadora do programa Controle Social da Gestão Pública, do Centrac. As inscrições são gratuitas e estão sendo oferecidas 45 vagas. O curso está aberto a qualquer pessoa interessada, em especial lideranças comunitárias, membros de conselhos municipais e do orçamento participativo de Campina Grande.
As inscrições podem ser feitas pelo telefone: (83) 3341-2800
correio eletrônico centrac@centrac.org.br
diretamente na sede do Centrac.

Estudo apresenta reuso planejado do esgoto na agricultura

A busca por alternativas de baixo impacto ambiental para problemas cotidianos vem se tornando uma atitude freqüente na sociedade. A coleta seletiva do lixo, a reciclagem e o reaproveitamento de embalagens já são meios comuns de preservar o meio ambiente. Até mesmo o esgoto doméstico e a forma como ele é tratado podem contribuir para a manutenção ecológica de resíduos nas cidades. Um estudo realizado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco desmistifica a tradicional visão do esgoto apenas como resíduo inutilizável e apresenta seu potencial de agente transformador, reutilizando-o na agricultura.
Os grandes centros urbanos apresentam dificuldades em despejar e tratar corretamente o esgoto doméstico, o que, muitas vezes, provoca o escoamento irregular, ameaçando o potencial hídrico das cidades e até a saúde da população. É a partir do tratamento do esgoto, portanto, que se torna possível extrair nutrientes que auxiliam as técnicas de fertilização do solo, garantindo, inclusive, a recuperação de rios contaminados.
A técnica chamada de reuso planejado, apesar de conhecida em outros países, só conquistou espaço para discussões no Brasil recentemente. Ela se apresenta como associação de medidas sanitárias e agronômicas através do reaproveitamento agrícola como fertilizante e por meio da limpeza e da conservação dos rios e lagos das cidades.
De acordo com o professor do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Vicente de Paula Silva – responsável pelo projeto piloto já implantado em Pesqueira –, estudos preliminares indicam a possibilidade de reciclagem do esgoto doméstico pelo reuso planejado em culturas de oleaginosas e em outros tipos de plantações.
Segundo o pesquisador, os estudos avaliam os vegetais irrigados com o esgoto tratado, tendo como objetivo a análise do óleo para a produção de biodiesel. “O trabalho da UFRPE, em parceria com o curso de Engenharia Química da UFPE, está em desenvolvimento. Salgueiro também fará parte do projeto como o primeiro município pernambucano a ter sistema de reaproveitamento de esgoto na agricultura”, conta.
O experimento da UFRPE Salgueiro, que ainda será implantado, trará como parceiros a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), a Secretaria de Recursos Hídricos e o Instituto Agronômico de Pernambuco (Ipa).
A comunidade de Mutuca, em Pesqueira, conta com espaço de meio hectare – cerca de cinco mil metros quadrados –, que serve de laboratório para diagnosticar os benefícios e possíveis riscos percebidos na técnica. Para o professor, os resultados conquistados, até o momento, são satisfatórios . “A concentração de nutrientes importantes para o desenvolvimento de culturas – como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio – foram encontradas nas análises”, explica.
Vicente de Paula, alerta, no entanto, que não se pode estender o reuso do esgoto para todas as culturas. De acordo com ele, mesmo tratado, o esgoto apresenta microorganismos que não podem entrar em contato com alimentos de consumo in natura, como as hortaliças. “O sistema de irrigação deve ser localizado para minimizar o contato do líquido efluente – após tratamento – com os vegetais e o próprio ser humano”, pondera.
Apesar de comprovada a eficácia da técnica para o reaproveitamento da água, o Brasil aproveita parcialmente o potencial da técnica, já que pratica apenas o uso do efluente. “A escassez de água no mundo é uma realidade. É a partir de projetos como esse que devemos empreender novos métodos de aproveitamento dos nossos recursos naturais e saber usá-los com cautela”, salienta o pesquisador.
Mais informações: 3320.6261
Fonte: UFRPE

Noiva da revolução Elegia para uma re(li)gião

Dia 20/11, na livraria Cultura, Recife
A cidade, com suas construções e acidentes geográficos, só existe quando percorrida pela memória; é a experiência humana que trafega por suas ruas e lhe confere sentido - particular e coletivo. Neste livro, quem nos convida a conhecer a cartografia do Recife são as reminiscências de um dos maiores intelectuais brasileiros: Francisco de Oliveira.

Não se trata de um emaranhado de datas e documentos históricos. Testemunha de fatos políticos e sociais que marcaram o Brasil e o Nordeste, o sociólogo pernambucano desenvolve, em Noiva da revolução, um ensaio histórico-político-sentimental munido de suas lembranças, "duas mãos e o sentimento do mundo", como registra. Neste texto inédito, Chico conta que estava junto do então governador Miguel Arraes quando o coronel Dutra de Castilho deu-lhe voz de prisão, no Palácio do Campo das Princesas. Relata também a escuta, em uma extensão telefônica, do diálogo entre Arraes e João Goulart, este ironizando o "medo" do governador diante da movimentação das tropas do general Justino, que segundo o presidente (deposto posteriormente) estariam nas ruas para proteger Arraes.

Tais revelações são descritas na prosa rica em poesias e canções, encadeadas não apenas pela diversidade das reminiscências pessoais do autor, mas sobretudo pela análise contumaz daquilo que não foi, da cidade e de sua promessa de realização. Sobre o Recife, a "Noiva da revolução" segundo poema de Carlos Pena Filho, Chico de Oliveira diz: "Cerimônia marcada, na undécima hora sempre chegavam sinistros homens, deixando para trás amargas lembranças vestidas de luto".

Além do ensaio inédito sobre o Recife, o volume, publicado pela Boitempo, trás nova edição de /Elegia para uma re(li)gião/, uma das principais obras de Chico de Oliveira. Escrito há mais de três décadas, em 1977, o texto é um estudo sobre as relações do Estado com a sociedade brasileira e nordestina, abarcando a experiência da Sudene - criada em 1959, extinta em 2001 por FHC e relançada pelo presidente Lula, em 2003.

Como assinala em /Noiva da revolução/, o Recife da Sudene foi "provavelmente o lugar central do conflito de classes no Brasil do final dos 1950 e toda a década de 1960; isto é, servindo-me de Lenin, um autor em desuso, o elo mais fraco da cadeia do colapso do populismo, cujo epicentro, na verdade, encontrava-se em São Paulo". Ambos os ensaios são um diálogo candente da produção do sociólogo, da interpretação sobre o Nordeste, de suas memórias, de suas paixões.

*Sobre o autor
Francisco de Oliveira, um dos mais importantes sociólogos brasileiros, é professor titular aposentado de sociologia da Universidade de São Paulo, diretor do Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania da USP e autor de vasta obra, em que se destacam /Crítica à razão dualista/ O ornitorrinco/
(Boitempo, 2003, Prêmio Jabuti 2004 de Ciências Humanas), /Os direitos do antivalor/ e /A navegação venturosa/ (Boitempo, 2003).

Ficha técnica*
Título: A noiva da revolução Elegia para uma re(li)gião
Autor: Francisco de Oliveira
278 páginas
ISBN: 978-85-7559-125-3
R$ 44,00

SECA ATINGE MAIS DE 350 CIDADES EM OITO ESTADOS DO NORDESTE

A seca continua a castigar o Nordeste. Segundo reportagem da Agência Brasil, mais de 350 municípios de oito estados enfrentam problemas com a estiagem. Na Paraíba, 68 municípios já decretaram situação de emergência. Na Bahia, a seca chega a 90 municípios e no Piauí, 63. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Paulistana (PI), Ildo José Rodrigues, informa que a situação é preocupante. Lá, pelo menos 4 mil famílias foram atingidas. Os municípios decretam situação de emergência e aguardam a homologação do decreto pela Defesa Civil nacional, para que passam a ser atendidos pelo governo federal. No Ceará, a assessora técnica da Defesa Civil do estado, Ioneide Araújo, informa que 28 municípios estão em situação de emergência, mas esse número deve aumentar. “Por conta da irregularidade temporal e espacial das chuvas, já temos demandas em diversas regiões do estado, totalizando 71 municípios. Desses já temos 28 em situação de emergência, com 18 já sendo atendidos pelo Exercito.” Em Pernambuco, 390 mil pessoas sofrem com a seca, que atinge 47 municípios. Em Alagoas são 28 e, em Sergipe, oito cidades estão em situação de emergência. No Rio Grande do Norte, a falta de água chegou a 27 municípios.
Fonte:
G1/ Redação Hotlink

16 de novembro de 2008

HOMENAGEM

O IDEAS e o Porjeto Côco na Praça homenageam o dia "20 de Novembro - Dia da Consciência Negra" que é lembrado com muita tristeza por nossos irmãos negros, pois perdíamos, assassinado brutalmente, em 1695, o líder negro ZUMBI DOS PALMARES.
ZUMBI como é chamado, Deixou um legado de aprendizado para nós povo brasileiro, por sua historia pautada na luta do povo negro na busca de conscientização social contra o racismo, e de uma sociedade emancipadora para todos nós.
Graças as lutas de zumbi que hoje retomamos uma rica e longa história na participação política, dos movimentos negros que sai às ruas para denunciar o racismo, qu manifesta-se sob vários formatos.
Precisamos lutar pela melhoria da qualidade de vida do povo negro e garantir a igualdade entre os povos da nação brasileira!

Por
Ernandes Macário
Diretor Técnico do IDEAS

13 de novembro de 2008

PROGRAMAS CAIXA

A Caixa Econômica Federal disponibilizou os regulamentos paraparticipaçãono *Programa Caixa de Revitalização do Patrimônio Histórico eCulturalBrasileiro* e no *Programa Caixa de Adoção de Entidades Culturais*. *Oprimeiro é voltado para projetos que visem à restauração,adaptação emodernização arquitetônica do patrimônio cultural brasileiro*, sendo
destinados um total de R$ 3,36 milhões para os 30 projetosselecionados. Jáo segundo patrocina, por no máximo 18 meses, projetos que deverão seriniciados em 2009 e *visem à promoção, a preservação e adivulgação deacervos*.
Os interessados devem *enviar as propostas* *via* * 5 de dezembro*.
Outras informações:

11 de novembro de 2008

Vozes na Senzala


O Professor Robson Costa convida todos para o lançamento do livro "Vozes na Senzala – Cotidiano e resistência nas últimas décadas da escravidão, Olinda, 1871-1888". Dia 18 de novembro as 19:00 no auditório do CEGOE – na UFRPE.

"Este trabalho (...) vem preencher uma importante lacuna na historiografia pernambucana." Marcus Carvalho

Pernambuco realiza Jornada de Alimentação Escolar

O Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (Cecane), da Universidade Federal de Pernambuco, promove nesta quarta e quinta-feira (12 e 13) a I Jornada de Alimentação e Nutrição Escolar.
Participam do evento os conselheiros do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Edélcio Vigna e Sônia Lucena, que é coordenadora do Cecane, além da representante do Fundo Nacional de Alimentação Escolar (FNDE), Thaís Cristina Santana.
O evento, realizado para nutricionistas, pretende apresentar o Programa Nacional de Alimentação Escolar para os profissionais, com discussões sobre diversos temas relacionados ao assunto.

Serviço
I Jornada de Alimentação e Nutrição Escolar
Data: 12 e 13 de novembro (quarta e quinta-feira)
Horário: 8 horas
Local: Hotel Jangadeiro (Avenida Boa Viagem, 3114. Boa Viagem, Recife/PE)
Informações (81) 2126-8474 ou
cecane@ufpe.br
Fonte: Com informações do CECANE/UFPE

Garantia-Safra é tema de encontro

Representantes estaduais do Garantia-Safra da Região Nordeste estão reunidos, desde ontem, em Natal, Rio Grande do Norte, com a Coordenação Nacional do Programa e com o Ministério de Desenvolvimento Agrário - MDA para definir os prazos de pagamento das parcelas do benefício da safra 2007/ 2008.
De acordo com o representante da Secretaria de Agricultura, Sebastião Soares, para efetivar a liberação do benefício, o MDA precisa publicar decreto no Diário Oficial da União. Cada trabalhador beneficiado recebe cinco parcelas de R$ 110,00. “Para isso, o agricultor deve comprovar perda acima de 50% da safra, em virtude do excesso ou falta de chuvas”, acrescenta Soares.
Em Pernambuco, mais de 78 mil agricultores familiares se inscreveram no Programa Garantia-Safra 2007/2008. “Destes, cerca de 85% poderão receber o dinheiro do seguro”, estima Soares. Ele lembra que para agricultor receber o seguro, o Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA deverá emitir laudo técnico, comprovando a perda, além da emissão de parecer do MDA
A safra 2008/2009 também será analisada no Encontro. Os participantes vão mostrar os novos números de adesão do Garantia-Safra e as dificuldades encontradas de cada Estado para ampliação de prefeituras e agricultores no Programa. “Cerca de 106 mil trabalhadores da agricultura familiar de Pernambuco já aderiram à nova edição” afirma Soares.

10 de novembro de 2008

Pela Reparação da Verdade e da Justiça

*Humberto de Jesus
O Brasil têm acompanhado o debate em torno da responsabilização dos torturadores Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Maciel, comandantes do DOI-CODI entre 1970 e 1976, responsáveis pela tortura e morte de 64 presos políticos, decorrente de processo movido por familiares de torturados que resultou em decisão do Ministério Público Federal (MPF) considerando-os torturadores e que pede que esses reembolsem a União pelas indenizações pagas às famílias das vítimas.
O MPF também acusa o Estado de omissão por não buscar na Justiça o ressarcimento das indenizações pagas, uma atribuição constitucional da AGU (Advocacia Geral da União).
No entanto, a AGU entende que a Lei de Anistia, de 1979, isenta os militares de responsabilidade legal pelos crimes cometidos, atribuindo a responsabilidade pelas indenizações ao Congresso pelo fato deste ter aprovado a lei, e considera ainda que, prescreveu em 1996, o prazo para o ressarcimento à União.
Não, não e não. É inconcebível para um governo democrático e de transformações radicais para a vida de um povo, como é o governo do presidente Lula, se calar ou omitir-se diante de tal fato. Esses senhores torturaram, humilharam, mataram, ocultaram corpos, destruíram famílias, cometeram crimes contra a humanidade, e isso é imprescritível.
Os torturadores precisam ser responsabilizados sim. Esta é sem dúvida a oportunidade de se fazer justiça, sem revanchismo puro e simples, mas movidos pelos mais nobres sentimentos que remetem ao conceito de justiça.
É hora de honrar a memória daqueles e daquelas que lutaram e tombaram na luta por um país democrático. É hora de mostrar para o Brasil e para o mundo, que não mais haverá omissão, tolerância, conivência com aqueles que praticaram os atos mais horrendos e dormem na certeza da impunidade por conta da convicção da prescrição dos seus atos.
Isto, nada tem haver com revanchismos, tem a ver com o caráter da radicalidade democrática deste governo, que tem a oportunidade histórica de construir um marco institucional para que aqueles que praticaram crimes de tortura na Ditadura Militar sejam responsabilizados pelos crimes cometidos.
Crimes que devem sempre ser lembrados para jamais voltar a serem praticados.
Tendo como referência o posicionamento do valente Ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vanuchi, em contraposição ao entendimento da Advocacia Geral da União, podemos dar um passo à frente, no sentido de consolidar a democracia no nosso país, responsabilizando os criminosos torturadores e abrindo os arquivos da Ditadura.
Só assim, compreendendo por completo esse momento do nosso passado, sendo transparentes no presente é que caminharemos para um futuro sem sombras e sem dúvidas.
Por: *Humberto de Jesus
Ex - Secretario Nacional de Juventude do PT
Estudante de Direito
Membro da Executiva Municipal do PT de Olinda

História: 10 de novembro de 1943


Passeata estudantil do Silêncio, São Paulo, no dia em que pela Constituição deveria haver eleição presidencial. Há repressão, 2 mortos e 25 feridos.


Fonte:

9 de novembro de 2008

Canadá financia projetos no Norte/Nordeste e periferias de grandes cidades

O Governo do Canadá, através do programa Fundo Canadá, apóia financeiramente pequenos projetos de desenvolvimento comunitário apresentados pelas comunidades ou por entidades não governamentais de representação comunitária.
Um dos pontos de apoio do fundo são as ações de melhorias da situação alimentar e nutricional de crianças e adolescentes, além de iniciativas ligadas à educação formal e informal e cursos de capacitação. O edital do programa prevê o apoio a projetos que auxiliem na erradicação do trabalho infantil, o combate à exploração sexual e maus-tratos contra crianças e adolescentes.
Outro ponto defendido pelo programa são os direitos das mulheres e de grupos étnico-raciais, além de projetos de caráter comunitário para o fortalecimento da participação popular no exercício do poder dentro dos governos.
O Fundo Canadá atende a pedidos de todo o país, no entanto privilegia projetos provenientes das regiões Norte e Nordeste e da periferia das grandes cidades. Os pedidos são recebidos ao longo do ano e conduzidos, após triagem e análise, a um Comitê de Seleção, que formula a decisão final.
Atualmente, o valor máximo do apoio oferecido é R$ 45 mil. O endereço para o envio de propostas é Embaixada do Canadá - Fundo Canadá em Apoio a Pequenos Projetos Locais - SES - Avenida das Nações, Quadra 803, Lote 16 - 70.410-900 - Brasília - DF.
Informações
Daniela Pinto
Telefone (61) 3253-7958 / 9628-9822

8 de novembro de 2008

Meio ambiente foi tema de curso promovido pelo PROMETRÓPÓLE

Uma comunidade saudável é resultado da prática de hábitos individuais e coletivos, sanitariamente corretos, que permitem uma maior integração e responsabilidade de seus moradores com a melhoria da qualidade do meio ambiente. Neste sentido, nos dias 04 e 05/11 foi realizado, pelo Programa de Infra-Estrutura em Áreas de Baixa Renda da Região Metropolitana do Recife (RMR) – PROMETRÓPOLE, em parceria com a Prefeitura de Olinda, o encerramento do Curso de Reeditores Sócio-Ambientais na comunidade de Passarinho. As aulas tiveram duração de dois meses.
Nos dois dias de evento, o PROMETRÓPOLE apresentou um vídeo feito com fantoches e produzido pelos alunos do curso. O material, que foi exposto na Escola Vereador José Mendes, na comunidade de Passarinho, e na Escola Municipal Alto da Macaíba, no Alto da Macaíba, falou sobre a importância da coleta seletiva. A ação atraiu alunos de diversas faixas etárias e teve como principal objetivo conscientizar as pessoas a cuidar do meio ambiente. “Estou muito feliz com o apoio do Programa. A gente já vinha fazendo esse tipo de trabalho aqui na comunidade e essa iniciativa reforçou o nosso compromisso. A linguagem do vídeo foi acessível para as crianças entenderem bem a mensagem”, comenta Givasan Silva, diretora da Escola Municipal Alto da Macaíba. O curso envolveu aulas práticas e teóricas, que trouxeram noções sobre meio ambiente, resíduos sólidos, transformações do ambiente urbano, legislação ambiental, entre outros. A idéia é que as comunidades adotem hábitos e práticas adequadas do ponto de vista sanitário e ambiental, necessários à sustentabilidade das ações urbanas estruturadoras implantadas. Segundo o coordenador do curso, Luiz Henrique Alves, a oficina teve o resultado esperado. “Estou muito feliz, pois além dos alunos de Passarinho, conseguimos envolver diversas comunidades como: Alto da Macaíba, Alto da Bondade, Córrego do Abacaxi, Dois Unidos e Caixa d’água. Isso foi extraordinário”, comemora.

Fonte:
Secretaria de Planejamento e Gestão/PE

Estudantes de escolas públicas debatem direitos à cidadania

Ao som da Orquestra Cidadã Meninos do Coque, composta pelos alunos das escolas Monsenhor Leonardo Barreto e Nossa Senhora do Carmo, foi aberto o 2o Seminário Infantil de Direitos Humanos, realizado durante dois dias, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. A secretária Executiva de Desenvolvimento da Educação, Aída Monteiro, ressaltou, ao abrir os trabalhos “que é preciso despertar na criança o sentimento de respeitar e ser respeitada, pois acreditamos que a formação de cidadãos mais conscientes começa ainda na infância”.
A gerente de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental, Zélia Porto, informou que o encontro, promovido pela Secretaria Estadual de Educação, teve como objetivo promover a democracia, além de valorizar a participação social infantil. “Através dessa iniciativa, mostramos às crianças, desde cedo, os seus direitos e deveres e com isso poderemos proporcionar a formação de cidadãos mais críticos e conscientes”, disse.
Como parte da programação de atividades, os alunos foram distribuídos em dez salas, onde foram ministradas oficinas, que abordaram os direitos básicos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, que está completando 18 anos. Em pauta, temas como o respeito à vida, à saúde, à alimentação, ao lazer, à convivência familiar, à educação, à cultura e à profissionalização. As atividades aconteceram das 8 às 12 e das 14h às 18h e cada oficina contou, em média, com a participação de 35 estudantes.
Na oficina Direito à Família e Convivência Comunitária, ministrada pela pedagoga Fabíola Diniz, da Escola Estadual Cônego Rochael de Medeiros, em Santo Amaro, por exemplo, foi utilizada como ferramenta de trabalho a literatura. Com base na história do “Patinho Feio”, os alunos abordaram a discriminação e a importância de valorizar o ser humano como ele é, e não por sua aparência.
A preocupação com a formação para a cidadania fez com que o seminário crescesse em importância e abrangência. Em 2007, participaram de evento semelhante oitocentas crianças que estudam em escolas das quatro Gerências Regionais de Educação Recife (Sul e Norte) e Metropolitana (Sul e Norte). Este ano, foram 1,3 mil estudantes, entre eles, alunos de 4 a 6 anos, vinculados às escolas de Educação Infantil Bernard Van Leer, Nilo Pereira, Jardim Ana Rosa e 14 Bis.
Fonte:
Diário Oficial de PE

6 de novembro de 2008

Projeto de Lei da Alimentação Escolar é aprovado na Câmara dos Deputados

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quarta-feira (05) o Projeto de Lei (PL 2877/2008) que atualiza o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
O processo de formulação deste Projeto de Lei, que foi encaminhado pelo Presidente Lula ao Congresso em fevereiro desse ano, contou com participação ativa do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA). A mobilização da sociedade civil foi fundamental para a aprovação do Projeto. Foram feitos abaixo-assinado, cartas públicas, seminários e reuniões de mobilização. Nesse período, foi estabelecido um importante diálogo com o relator do PL, deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), coordenador da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional, que incorporou as sugestões e contribuições da sociedade civil.
Após ser aprovada em duas votações e redação final, a matéria será analisada agora pelo Senado, com possibilidade de ser apreciada em regime de urgência.
O debate feito a partir do diálogo com as experiências concretas que vêm sendo desenvolvidas em diversos municípios e o Projeto de Lei da alimentação escolar (PL 2877/2008) mostrou o sentido estratégico dessa política para potencializar o desenvolvimento local sustentável, com a valorização da cultura alimentar local e regional, a participação ativa da agricultura familiar e agroextrativista no mercado institucional, o direito humano do escolar de ter acesso a uma alimentação adequada e saudável, como garantia da soberania e segurança alimentar e nutricional. O PL define que 30% do volume de recursos do Programa sejam destinados a compra de gêneros da agricultura familiar local. O PL também amplia a alimentação escolar para o ensino médio. A aprovação do projeto beneficiará mais 8 milhões de estudantes do ensino médio e do ensino de jovens e adultos.

O povo venceu esse primeiro desafio, agora precisamos continuar a mobilização para aprovar o projeto no Senado!
Fonte:
Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional

5 de novembro de 2008

Matrículas abertas para o Projovem Urbano

Estão abertas as inscrições para o Projovem Urbano, projeto do Governo Federal em parceria com a Prefeitura de Olinda. As matrículas seguem até o fim das 800 vagas disponíveis. Os interessados devem se dirigir dirigir à coordenação municipal do programa, localizado na rua 10 de Novembro, 73, Carmo, das 8h às 13h, munidos de CPF, RG, título, certidão, comprovante de residência, carteira de trabalho e histórico escolar e suas cópias. As aulas terão início em fevereiro.O programa tem como objetivo a inclusão de jovens com idades entre 18 a 29 anos, residentes em Olinda, que não tenham concluído o ensino fundamental. O Projovem Urbano tem a duração de 18 meses e capacita os jovens em três dimensões: aulas do ensino fundamental, participação cidadã (onde os estudantes obtêm conhecimento das suas realidades sociais e aprendem a intervir sobre elas) e qualificação profissional. Além disso, os alunos recebem uma bolsa mensal de R$ 100.

Serviço:
Projovem Urbano
Rua 10 de Novembro, 73, Carmo, Olinda.

Fonte:
Portal da PMO
por Gérsica Gueiros

4 de novembro de 2008

Caipirinha oficial



A caipirinha é coisa nossa?

Vamos defendê-la, então.


É o que faz o Ministério da Agricultura quando publica no Diário Oficial da União a "receita correta" da bebida.

A idéia é proteger o drinque em disputas de denominação de origem.


3 de novembro de 2008

Escola de Vocações - Versão Belo Horizonte

Matéria de Gilberto Dimenstein, sobre educação integrada, projeto que foi semelhantemente desenvolvido pelo IDEAS, em Olinda, e financiado pelo FNDE/MEC. Veja de acordo com o publicado, como se apresentam os resultados do projeto e sua importância para a sociedade, principalmente para a "futura sociedade".
Desde 2006, um grupo de universitários dos mais diferentes cursos está apoiando escolas públicas da periferia de Belo Horizonte. A iniciativa acaba de entrar na história social por causa de um relatório sobre a experiência elaborado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Num projeto batizado de Escola Integrada, a prefeitura de Belo Horizonte ampliou a jornada escolar, oferecendo oficinas (artes, comunicação, lição de casa, reforço escolar, ciências, matemática) em diferentes espaços da comunidade. Parques, praças, clubes, igrejas, por exemplo. Para gerir essa movimentação, cada escola formou um professor comunitário. As oficinas são dadas pelos universitários, que ganham uma bolsa e são orientados por um professor de seus respectivo cursos.
Depois de seus meses de avaliação, os pesquisadores da UFMG concluíram que os estudantes das escolas públicas desenvolveram maior apetite pelo conhecimento e respeito pelos professores; passaram a ler mais e entender melhor o que lêem. Até mesmo aprenderam a se alimentar melhor e cuidar da higiene. Note-se que estamos falando das escolas com as crianças mais vulneráveis.
A chave não é apenas a ampliação da jornada escolar, mas a montagem das redes ( saúde, cultura, assistência social) pelo professor comunitário combinada com o prazer de ensinar dos universitários, desde que monitorados e com um material pedagógico estimulante.
Diante dos resultados apontados pela pesquisa, cujo resumo está no site (
www.dimenstein.com.br), um governante não tem o direito de desconhecer a experiência. Muito menos os prefeitos que acabam de ser eleitos e prometeram melhorar a educação.
Fonte:
Folha Online

1 de novembro de 2008

A Política Cultural e o Funcultura

OPINIÃO
Os setores culturais e artísticos de Pernambuco, desde a divulgação do resultado da seleção de projetos aprovados do Fundo de Cultura do Estado de Pernambuco estão possibilitando diversos debates sobre critérios, regulamentação, comissão deliberativa, representatividade, democracia vindos obviamente de alguns produtores culturais que não tiveram seus projetos aprovados. Esse movimento é bastante interessante por dois aspectos, primeiro mobiliza e articula a classe em torno de assuntos coletivos e que envolvem diversos atores no campo da política cultural e segundo mostra a incapacidade de alguns de elevar o nível da discussão para temas importantes para essa mesma coletividade, ficando no campo apenas especulativo, com objetivos obscuros, sem uma análise importante para os dias que vivemos hoje em Pernambuco, mesmo se dizendo politizados e lutadores da democracia, da transparência e da legalidade.
As perguntas que não querem calar são as seguintes: quando esse grupo de pessoas vão se pronunciar em relação à contribuição ou não dos projetos aprovados para a Política Cultural que está em construção em Pernambuco? Quando será apresentada uma pesquisa, mesmo que seja com métodos duvidosos, fazendo um paralelo entre o que está escrito nas propostas das diversas reuniões e fóruns realizados com a classe cultural e os projetos aprovados pela comissão.
Além de entrar no campo do denuncismo gratuito em relação à Comissão Delibera tiva do Funcultura, essas pessoas estão desrespeitando os Produtores Culturais que tiveram seus projetos aprovados de forma legitima. Esses produtores são profissionais, na sua maioria, interessados em contribuir para o desenvolvimento das diversas cadeias produtivas da cultura, para diversidade cultural de Pernambuco e para construção de uma Política Pública de Cultura, maior reivindicação da classe nos últimos dez anos.
É óbvio que o sistema deve ser permanentemente melhorado, objetivando seu aperfeiçoamento, transparência e legitimidade, mas também é obvio o oportunismo de pessoas que deveriam estar contribuindo no dia a dia para o nível de politização do setor cultural, ficar atraindo centenas de produtores para o inverso do processo de construção, tentando levar esses produtores a acreditar que estamos no caminho errado, no caminho da panelinha, do apadrinhamento, da corrupção. Lamento dizer a essas pessoas que eles não vão conseguir, porq ue esses produtores culturais que eles tentam manipular não são massa de manobra e percebem o discurso oportunista e vazio.
Recomendo a essa pessoas que caso identifique irregularidades, que levem as provas ao Ministério Público e o façam com propriedade, porque esse é o papel de um cidadão que está interessado na preservação das nossas conquistas coletivas. Não podemos aceitar que vá adiante um processo de desqualificação das conquistas que começaram lá atrás com a luta e o engajamento de muitos. Saímos de um Sistema de Incentivo à Cultura pernicioso, arcaico, que era decidido nos escritórios das empresas privadas desse estado. Conquistamos um formato que era da vontade da maioria, com mais recursos e poder para os produtores e artistas. Com o Funcultura criamos as bases para a construção de uma Política Cultural representativa e democrática, porque foi e é através desses mecanismos que o setor cultural se articula, mesmo que seja para escut ar os discursos sem fundamento de quem não bateu um prego para essa construção.
Com as articulações proporcionadas a partir do Funcultura nós temos hoje no estado de Pernambuco uma Política Cultural em curso, realizando um trabalho em conjunto com os setores culturais dos municípios e realizando convênios com o Governo Federal através do programa Mais Cultura, como o que vai potencializar 120 locais produtores de arte e cultura, fortalecendo a Rede dos Pontos de Cultura.
Pela primeira vez nós temos uma política clara de valorização da Cultura Popular, criada com a contribuição dos 36 Pontos de Cultura já existente em Pernambuco, em conjunto com o Poder Público, Imprensa, Pesquisadores, Grupos Culturais, Mestres, Fundações, Universidades, Conselhos, Fóruns, Prefeituras e Sociedade Civil.
No campo do cinema, das artes cênicas, da pesquisa cultural, literatura e artes visuais os avanços são palpáveis. Sabe-se que precisamos avançar e muito, mas os setores organizados e independentes da cultura pernambucana não vão aceitar um retrocesso, protagonizado por pessoas que estão sentindo seus projetos pessoais serem prejudicados e que não estão nem aí para o processo coletivo. Temos sim é que ter a inteligência para saber a melhor estratégia e à hora de propor as das mudanças, para que avancemos, com mais recursos, mais estrutura, mais transparência, mais tecnologia e obviamente mais projetos aprovados.
Afonso Oliveira - 26/10/2008
Produtor Cultural

ÁGUA PRA GENTE

*por William Ferreira A água passa nos canos, mas não é para os canos. É para as pessoas, para os animais, para as lavouras, até mesmo...