30 de março de 2009

Seminário mostra iniciativas de diversificação da agricultura familiar

O Grupo Gestor do Território Sudoeste do Paraná promove nesta quarta-feira (1º), às 8h30, o Seminário sobre Iniciativas e Políticas de Diversificação da Agricultura Familiar. O evento ocorre no anfiteatro da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Pato Branco.
O evento é voltado a gestores e executores das políticas públicas municipais e de organizações governamentais e não governamentais que atuam na região. O objetivo é debater o papel das organizações dos agricultores familiares na busca pela melhoria dos meios produtivos e acesso aos canais de comercialização
Entre as políticas em debate estão o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura familiar (Pronaf) e o Programa Mais Alimentos.
A integrante do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) Silvia Rigon participa do evento.
A programação é dividida em três painéis. O primeiro será "Iniciativas dos atores que consomem: o caso dos mercados institucionais do Programa de Aquisição de Alimentos - PAA e Alimentação Escolar". Participam o secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Crispim Moreira (MDS), e o diretor de Logística e Gestão Empresarial da Conab, Silvio Porto, e a coordenadora do Pnae, Albaneide Peixinho (FNDE/MEC).
O segundo painel - "Iniciativas dos atores que produzem: o caso da agricultura familiar do Território Sudoeste do Paraná" - contará com a presença do secretário Nacional da Agricultura Familiar, Adoniran Sanches Peraci (MDA).
Com o tema "Papel do estado no Desenvolvimento Rural", o painel final terá a exposição do secretário Adoniran Sanches Peraci, do secretário Estadual da Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini, do prefeito de Bom Sucesso do Sul e presidente da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná, Elson Munaretto.
Durante o seminário será realizada a Mostra dos Produtos da Agricultura Familiar do Sudoeste do Paraná e um café colonial com os produtos da região. Ao todo, 24 instituições governamentais e não governamentais compõem o Grupo Gestor do Território Sudoeste do Paraná.
Curso técnico - No dia 2 de abril, será realizado o Curso Técnico para Operacionalização do PAA-Net, como continuação das atividades do seminário. O curso ocorrerá nas salas do Bloco O da UTFPR.
Serviço
Seminário sobre Iniciativas e Políticas de Diversificação da Agricultura FamiliarData: 1º de abril (quarta-feira)Hora: 8h30Local: Anfiteatro da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR (Campus Pato Branco, Via do Conhecimento, km 1 - Pato Branco-PR)
Curso Técnico para Operacionalização do PAA-NetData: 2 de abril (quinta-feira)Local: Salas do Bloco O da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR (Campus Pato Branco, Via do Conhecimento, km 1 - Pato Branco-PR)
Informações
Sobre o seminário:
Norma (Iapar) - (46) 3213-1140Jaci/Rogéria (Assesoar) - (46) 3524-2488
Sobre o curso:
Mary/ Tânia/ Ana (UTFPR) - (46) 3220-2541
Fonte: Com informações da organização do evento

Pernambuco faz mutirão para distribuir brinquedos e alimentos

A poucos dias da semana da Páscoa - uma das datas mais celebradas do calendário cristão - os voluntários do Comitê da Ação da Cidadania Pernambuco Solidário se preparam para levar esperança e solidariedade para 400 crianças e 300 famílias carentes em todo o Estado.
Nesta terça-feira (31), serão distribuídos brinquedos a crianças em tratamento médico em dois hospitais de Recife. Às 10 horas, a festa solidária será na enfermaria de pediatria do Hospital Maria Lucinda. Às 15 horas, o sinal de esperança e pronta recuperação para a criançada será na pediatria do Hospital Restauração.
A mobilização é uma parceria do Comitê da Ação Pernambuco Solidário, da Organização Não Governamental Anjos da Enfermagem, do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-PE) e de estudantes do curso de Enfermagem das Faculdades Maurício de Nassau e Universo.
Já as cestas básicas começarão a ser distribuídas também a partir desta terça-feira (31) e atenderão a comunidades da Região Metropolitana do Recife, Sertão Central (Verdejante), Agreste (Alagoinhas) e Mata Sul (Palmares e Tamandaré).
O mutirão de solidariedade é parte da campanha Mulher que Alimenta o Mundo, promovida pelo Comitê da Ação Pernambuco Solidário desde 2002, que começou dia 8 de março e prosseguirá até o final de maio.
Os interessados em participar das mobilizações devem procurar a sede do comitê, no Parque de Exposições do Cordeiro (Avenida Caxangá, 2.200) ou fazer doações de brinquedos, livros, alimentos ou qualquer valor em dinheiro na conta do Banco do Brasil, agência 3234-4, conta 5633-2. O telefone do Comitê é (81) 3226 0063.
Informações
Anselmo Duarte - coordenador
Fones: (81) 9114-9716 / 9979-9716
Fonte: Ação da Cidadania Pernambuco Solidário

29 de março de 2009

Estudantes debatem mudanças climáticas

Entre 3 e 8 de abril, estudantes de todo o País participarão do evento final da III Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente - Vamos Cuidar do Brasil, em Luziânia, Goiás. Crianças e jovens discutirão as mudanças ambientais globais e alternativas para a sustentabilidade do planeta. A Conferência teve início em 2008, desencadeando um processo de mobilização de mais de 3,5 milhões de pessoas no Brasil.
"Os jovens e as crianças não vivem no futuro, eles vivem o agora. E nós precisamos dessas mudanças de atitude em relação ao ambiente para agora. Além disso, os jovens são muito mais abertos a mudanças, principalmente as radicais. Sabemos que as consequências serão nefastas para as crianças, quando observamos o aumento das doenças e a escassez de água. São sempre as crianças as maiores vítimas e é com elas que contamos para realizar as mudanças societárias", afirma Rachel Trajber, coordenadora-geral de Educação Ambiental do Ministério da Educação.
A Conferência, promovida pelos Ministérios da Educação e do Meio Ambiente, tem como proposta fortalecer a educação ambiental nos sistemas de ensino com o envolvimento da escola na construção de políticas públicas. O evento vai reunir cerca de mil pessoas e vai contar com a presença de 670 delegados/as entre 11 e 14 anos, além de 81 facilitadores de Coletivos Jovens de Meio Ambiente, 126 educadores e gestores estaduais, e 70 observadores internacionais de 43 países.
A primeira edição da CNIJMA foi em 2003, envolvendo 15.452 escolas e mobilizando 5.658.877 pessoas em 3.461 municípios. A segunda conferência, em 2005/2006, foi realizada em 11.475 escolas e comunidades, totalizando 3.801.055 pessoas em 2.865 municípios. "Esses eventos constituem praticamente uma revolução no âmbito da educação ambiental. Na verdade, é um pretexto pedagógico para podermos discutir essas questões ambientais contemporâneas", ressalta a coordenadora.
Um dos frutos da Conferência é a criação Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (COM-VIDA), que já está sendo implementada em algumas escolas. O principal papel da COM-VIDA é contribuir para um dia-a-dia participativo, democrático, animado e saudável na escola, promovendo o intercâmbio entre a escola e a comunidade. "A educação ambiental deve estar inserida em todas as disciplinas e não somente como uma disciplina na grade curricular. É preciso criar espaços de discussão para que a escola se torne produtora de conhecimento e não apenas reprodutora. Com a COM-VIDA, cria-se um espaço estruturante, em que alunos, professores, funcionários e sociedade discutem os problemas ambientais", explica.
Um material didático voltado a esse público específico também foi produzido com os seguintes objetivos: contribuir para a melhoria do desempenho das escolas com base nos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB); incentivar a inclusão da problemática sócio-ambiental e da sustentabilidade no Plano Político-Pedagógico; fortalecer o papel da escola na construção de políticas públicas de educação e de meio ambiente.
Durante a Conferência, os estudantes abordarão temas que relacionam os quatro elementos - terra, água, fogo e ar - com os problemas contemporâneos que afetam os sistemas naturais e as populações humanas em todo o planeta. E cada um inclui o debate sobre ações e medidas sustentáveis, como políticas mitigadoras, adaptativas, preventivas e transformadoras.
No final do encontro, os participantes realizarão uma caminhada pela Esplanada dos Ministérios para apresentar as propostas discutidas durante a conferência. Ao final da caminhada, a Carta das Responsabilidades para o enfrentamento das Mudanças Ambientais Globais será entregue as autoridades no Teatro Nacional. Para o encerramento, foram convidados o presidente da República, os ministros da Educação, Fernando Haddad, e do Meio Ambiente, Carlos Minc.
Em 2010, o Brasil sediará a Conferência Internacional Infanto-Juvenil - Vamos Cuidar do Planeta, com a participação de jovens delegados de todo o mundo. O evento final está previsto para acontecer em junho de 2010, em Brasília.
Fonte: Adital

27 de março de 2009

O acesso à água: uma questão de direito

Antônio Gomes Barbosa

"O acesso à água de qualidade é um direito humano básico que necessita ser efetivado para toda a população. A violação desse direito deve ser reparada de forma imediata". III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
No Brasil rural hoje, de acordo com o IBGE, vivem pouco mais de quatro milhões de famílias agricultoras camponesas, destas, 50% vivem no Nordeste, maior parte no semiárido, região que ocupa uma área de um milhão de km², superior as áreas da Alemanha e França juntas. É um dos semiáridos mais chuvosos do mundo, com uma pluviosidade entre 450 a 700 mm/ano, porém concentrada em poucos meses. Estudos da Sudene de 1972 constatam que no Nordeste chove em média 700 bilhões de m³ de água ano. No entanto, 97% destas são perdidas em virtude da evaporação e do escoamento superficial.
A fome e a sede no semiárido são produtos humano, social e político. A grande concentração e má distribuição das terras e das águas somam-se também à ausência de infraestruturas de produção, insuficiência da assistência técnica, inadequação do crédito, ausência de uma política de educação contextualizada, além de outros fatores que produzem a insegurança alimentar e nutricional.
O século XX foi marcado por políticas públicas dirigidas ao investimento em infraestruturas hídricas de grande porte por meio da construção de grandes açudes e barragens. Como resultado deste esforço há um potencial de armazenamento de água da ordem de 37 bilhões de m³, só no semiárido setentrional. Entretanto, ofertas concentradas de água só têm vocação para atender demandas concentradas como as das cidades/indústrias e perímetros irrigados.
As famílias difusas do semiárido necessitam de uma política de águas que atenda suas necessidades, que possibilite os vários usos da água e que valorize a sabedoria, as experiências e o protagonismo deste povo. Nessa perspectiva vale destaque a ação da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), que a partir das experiências das organizações da sociedade que atuam na região, vem, há dez anos, construindo o Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido. Materializado em duas ações: o Programa um Milhão de Cisternas - P1MC e o Programa Uma Terra e Duas Águas - P1+2.
Apoiada inicialmente pela Agência Nacional de Águas, a partir de 2003, o P1MC foi incorporado como política pública pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS), tendo como suporte o forte apoio do Conselho Nacional Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Hoje o P1MC também conta com aporte orçamentário da Companhia de Desenvenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Nesta semana da água, a ASA comemora a construção de 250 mil cisternas, ou seja, 1.250.000 pessoas com água de qualidade para beber ao lado de casa. Mas estudos avaliativos realizados pelo MDS e pela Embrapa Semiárido mostram a necessidade mínima de 1.300.000 cisternas, o que demonstra que ainda há muito por fazer.
Para além da água de beber, a população difusa do semiárido necessita de alternativas de captação e uso da água para o uso doméstico, para a dessedentação de animais e para a produção de alimentos.
Na continuidade do P1MC, a partir de 2007, com apoio da Fundação Banco de Brasil e Petrobras, a ASA iniciou o P1+2. O programa prioriza a segurança e soberania alimentar a partir da produção agroecológica de alimentos, ancorada na construção de infraestruturas hídricas como cisterna calçadão de 52 mil litros, barragem subterrânea, tanque de pedra/caldeirão e bomba d¿água popular. Além disso, a ação parte da valorização das experiências exitosas da agricultura familiar camponesa através de intercâmbios e da sistematização de experiências. A partir de 2008, o P1+2 passou a contar com apoio do MDS, Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e Codevasf.
Reconhecendo a importância destas ações, o Consea, em sua resolução sobre acesso à água, recomenda que seja intensificado o processo de democratização do acesso à água, maximizando iniciativas a exemplo do P1MC e do P1+2, além da revitalização de poços, e outras.
O acesso à água pelas populações difusas no semiárido brasileiro é uma questão de direito. A fome a sede são produtos da ação humana: mudar esta realidade deve ser também.
Antônio Gomes Barbosa é coordenador do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA)

Crise, fome e direito à alimentação

Selvino Heck

Em reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), José Graziano, diretor da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) para a América Latina, falou da tranqüilidade do viajante, no caso ele, que chega ao Brasil. Segundo Graziano, aqui não se vêem ou se ouvem notícias sobre falta de alimentos, desabastecimento ou situações fora da normalidade. Outros países não sabem se chegará o pão necessário no navio do dia seguinte. Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina são, inclusive, países exportadores de alimentos, o que não acontece com a maioria dos países da América Latina.
Por isso, Jacques Diouf, diretor da FAO, trouxe ao presidente Lula a proposta de criar um Fome Zero mundial, com a realização de uma Cúpula Mundial da Alimentação durante a 36ª Sessão da Conferência da FAO, em Roma, em novembro de 2009. Para isso, Jacques Diouf conta com o apoio e o protagonismo do governo Lula, o apoio pessoal do presidente e o apoio do Consea. Essa solicitação especial significa reconhecimento às políticas de segurança alimentar e nutricional do governo federal, ao trabalho do Consea, bem como à parceria que acontece entre governos e sociedade civil no Brasil.
Por sua vez, o Consea, na plenária de março, decidiu dar início a uma ampla campanha nacional em prol da aprovação da proposta de Emenda Constitucional 47/2003, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares, cujo objeto é a inclusão no artigo 6º da Constituição Federal, do direito humano à alimentação adequada e saudável, via meios de comunicação, abaixo-assinados, divulgação de textos e estudos, apoio de figuras públicas, atividades de rua.
A garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável está expressa em vários tratados internacionais reconhecidos pelo governo brasileiro, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais de 1966 e a Cúpula Mundial de Alimentação de 1996. Mesmo assim, o Consea julga urgente haver uma referência explícita na Constituição ao direito à alimentação como um dos direitos fundamentais. Esta inclusão fortalece as políticas públicas de segurança alimentar em andamento e assegura que não haja retrocessos em sua continuidade.
A idéia da campanha é criar um movimento nacional para que a PEC seja aprovada até o dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação. O Consea também está empenhado na concretização do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), previsto na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente em 2006. O Sisan visa integrar as ações e políticas das três esferas de governo  federal, estadual e municipal -, com adesão da sociedade civil e da iniciativa privada.
A aprovação da PEC 47, a construção do Sisan e o lançamento do Fome Zero mundial são fundamentais num mundo que já produz alimentos além do necessário para alimentar todos e todas diariamente, mas ainda tem um bilhão de pessoas passando fome. Corre-se sério risco de não cumprimento do primeiro Objetivo do Milênio: reduzir à metade o número de pessoas subnutridas no mundo até 2015.
O ministro Patrus Ananias, do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), disse na reunião do Consea que, ao contrário do que alguns ainda pensam, garantir comida a uma pessoa nunca é uma ação assistencialista, porque está-se garantindo um direito básico e fundamental, assim como o são a educação e a saúde.
O presidente Lula, falando da crise econômica em Seminário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, disse: "O que não pode é a gente ficar colocando água na panela quente sem colocar os ingredientes para fazer a comida, porque a água evapora. Pode colocar mais um copo, que vai evaporar. E pode colocar mais um copo, que vai evaporar. O que nós precisamos é colocar os ingredientes para, daquela água, a gente fazer a nossa comida e sobreviver".
Os ingredientes são: Fome Zero mundial, aprovação da PEC 47/2003 e construção do Sisan. Mãos à obra e todos engajados na campanha nacional de mobilização.
Selvino Heck é Assessor Especial do Gabinete do Presidente da República

24 de março de 2009

Fundo canadense recebe projetos até 30 de abril

O Fundo Canadá, linha de financiamento de projetos comunitários da Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional, informa que receberá projetos até o próximo dia 30 de abril 2009 para concorrer no primeiro processo seletivo de projetos para o período 2009/2010. O Fundo Canadá apóia projetos voltados diretamente para o fortalecimento da cidadania de crianças e adolescentes, direitos humanos (prioritariamente mulheres e crianças), saúde, educação, governança e desenvolvimento democrático (neste caso, quando são estritamente comunitários).
O Fundo não financia projetos de instituições governamentais, salários e despesas administrativas. Podem ser atendidos projetos de todo o país, mas a prioridade é para projetos provenientes das regiões Norte e Nordeste e da periferia das grandes cidades. Somente são analisados os projetos elaborados segundo o Guia de Apoio à Elaboração de Projetos, apresentando todas as informações e documentos solicitados, e três orçamentos de cada item solicitado. O Guia de Apoio à Elaboração de Projetos deverá ser solicitado pelo e-mail
fundocanada@gmail.com. Os projetos recebidos fora desta data, caso estejam dentro do foco e completos, serão classificados e poderão participar dos demais processos seletivos ao longo do ano.
Informações
(61) 3253 7958fundocanada@gmail.com
Fonte: Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional

9 de março de 2009

Consea fará campanha para incluir direito à alimentação na Constituição

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) quer garantir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 47. Em tramitação desde 2003, a PEC inclui o direito humano à alimentação adequada e saudável entre os direitos sociais estabelecidos no Artigo 6º da Constituição.
A ideia é criar uma campanha, com o apoio das instituições que compõem o Consea, para mobilizar os parlamentares para aprovar a proposta. O tema será discutido na próxima reunião plenária, marcada para quarta-feira (11), às 9 horas, no Auditório do Anexo I do Palácio do Planalto.
A abertura do debate sobre a campanha será às 9h30, com a participação do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e do deputado Nazareno Fonteles.
Além de avaliar como tem sido a tramitação da PEC, os conselheiros discutirão as consequências da sua aprovação para a implantação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan).
Às 11h30, haverá o lançamento do livro "Exigibilidade do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável" e o encerramento da campanha de promoção desse direito para a população guarani-kaiowá. A iniciativa foi promovida pela Rede de Informação e Ação pelo Direito Humano a se Alimentar (FIAN).
Também estão na pauta da Plenária: informes sobre a Medida Provisória nº 455 (Alimentação Escolar); aprovação do documento final da oficina "Construindo o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional"; apresentação das Comissões Permanentes e da Comissão de Presidentes dos Conseas Estaduais e finalização do planejamento das atividades do conselho para 2009.
Serviço
IX Plenária do Consea
Data: 11 de março (quarta-feira)
Hora: A partir das 9 horas
Local: Auditório do Anexo I do Palácio do Planalto

4 de março de 2009

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Discussão sobre Igualdade de gênero, soberania e segurança alimentar marca
celebração pelo Dia Internacional da Mulher
Mulheres e segurança alimentar. Este é o assunto da oficina e do debate Igualdade de Gênero, Soberania e Segurança Alimentar, que acontecem no dia 06 de março (sexta-feira), das 14h às 21h, no auditório da CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviços (Rua da Graça, 164, Graça). A proposta da atividade, que marca a semana de comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 08 de março, é discutir temáticas que envolvem a participação política de mulheres e o direito à alimentação.
As mulheres sempre desempenharam um papel central no que se refere à alimentação, sendo responsáveis por grande parte da produção, do preparo e da distribuição de alimentos. Muitas delas ainda contribuem para a garantia da soberania alimentar de suas comunidades, resistindo à imposição de padrões alimentares externos às culturas locais e mantendo a qualidade e diversidade de alimentos disponíveis.
Mesmo com os importantes avanços e conquistas, a realidade brasileira ainda é marcada pela desigualdade de gênero, que se reflete na vida dessas mulheres e também no campo da soberania e segurança alimentar. A maioria acumula atividades que geram renda e ainda abarca o trabalho doméstico, os cuidados com a saúde e com a educação das crianças. O número de famílias chefiadas por mulheres vem crescendo significativamente nos últimos anos, chegando a 31% das famílias urbanas, segundo dados do IPEA (2008). No entanto, a participação da mulher no mundo do trabalho ainda se confronta com concepções tradicionais de gênero que fazem com que seu trabalho não tenha o devido reconhecimento e permaneçam com reduzido poder de decisão sobre a renda gerada pela família. Há, ainda, o fato de que muitas das atividades produtivas realizadas pelas mulheres na roça ou no espaço da casa e do quintal, como a criação de pequenos animais, o cultivo de hortaliças e o processamento caseiro de alimentos para conservação e comercialização, permanecem sem reconhecimento como atividades geradoras de renda. Na esfera do consumo, as mulheres são as grandes responsáveis por buscar alternativas alimentares administrando orçamentos familiares muito restritivos.
A iniciativa, promovida pela CESE, Heifer International, SASOP - Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais, Terre dês Hommes e Consea/Ba – Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, pretende levantar uma reflexão sobre essas questões junto com representantes do movimento social rural e urbano. A oficina, que começa às 14h, será conduzida por Marli Romão, representante da Casa da Mulher do Nordeste. Já o debate, marcado para acontecer das 19h às 21h, contará também com presença de Vera Lúcia Barbosa, do Movimento dos Sem-Terra (MST); de Luiza Bairros, da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade e de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPROMI); e de Marineide Dias dos Santos, do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR).

Participação Política – As políticas de soberania e segurança alimentar trazem o reflexo das concepções sobre o que são atribuições de mulheres e homens, seja pela ausência de recorte de gênero ou priorização das mulheres e das atividades por elas desempenhadas ou pela opção por estratégias que reforçam os papéis tradicionalmente atribuídos às mulheres. Outro dado que é, ao mesmo tempo, conseqüência das desigualdades de gênero e fator de aprofundamento delas, é o baixo grau de participação das mulheres nos espaços de decisão e elaboração de políticas de soberania e segurança alimentar, o que restringe as oportunidades para que suas necessidades e prioridades sejam levadas em conta no desenho dessas políticas. Em qualquer dos casos, ações e políticas de soberania e segurança alimentar que falhem em reconhecer as desigualdades de gênero historicamente construídas, podem contribuir para o aprofundamento das desigualdades entre mulheres e homens e para a perpetuação de situações de violação dos direitos humanos.

PROGRAMAÇÃO

Oficina Igualdade de Gênero, Soberania e Segurança Alimentar
Oficineira: Marli Romão (Casa da Mulher do Nordeste)
Horário: 14h às 18h
Debate Igualdade de Gênero, Soberania e Segurança Alimentar
Palestrantes: Marli Romão (Casa Mulher do Nordeste), Vera Lúcia Barbosa (MST), Luiza Bairros (SEPROMI)
Coordenadora de mesa: Marineide Dias dos Santos (MMTR)
Horário: 19h às 21h

Para participar da oficina, é necessário fazer inscrição e confirmar presença.

SERVIÇO

O quê: Oficina e debate Igualdade de Gênero, Soberania e Segurança Alimentar
Quando: 06 de março (sexta-feira)
Onde: CESE (Rua da Graça, 164, Graça)

MAIS INFORMAÇÕES
CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviços
Contatos: Viviane (71 2104-5457)

Heifer International
Contato: Olga (71 2104-5455)

Terre des Hommes
Contato: Keu (71 2104-5488 / 3012-5488)

SASOP – Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais
Contato: Luciana (71 3335-6049)

Consea/Ba – Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional
Contato: Márcia (71 3115-9866)

Duque de Caxias (RJ) oferece curso sobre políticas de segurança alimentar sustentável

No próximo sábado (7), às 9 horas, a Coordenação Central de Extensão da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio) inicia o Curso de Políticas Públicas de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável, que será realizado no Pólo Avançado da instituição em Duque de Caxias (RJ).
O curso será coordenado por Luciene Alcinda de Medeiros, mestre em Serviço Social (PUC Rio), e as aulas serão ministradas pelo professor Leonardo Felipe Oliveira Ribas, bacharel em Filosofia, Teologia e Direito em Teologia Sistemático-Pastoral (PUC Rio).
O objetivo é introduzir as questões relacionadas à política de segurança alimentar e nutricional como política estratégica na construção da soberania nacional.
O curso é destinado a nutricionistas, assistentes sociais, profissionais de Enfermagem e de Direito, conselheiros municipais de segurança alimentar e nutricional e lideranças comunitárias e populares, do mutirão de combate à desnutrição materno-infantil, da pastoral da criança, funcionários públicos e estudantes de áreas afins.
Outras informações podem ser obtidas pelo endereço eletrônico http://www.cce.puc-rio.br/servisocial/politicas.htm.
Contato (21) 2771-1148
Fonte: Coordenação Central de Extensão da PUC Rio e Consea-RJ

ÁGUA PRA GENTE

*por William Ferreira A água passa nos canos, mas não é para os canos. É para as pessoas, para os animais, para as lavouras, até mesmo...