31 de março de 2008

Prévias 2010 - Intenção de votos

Deu no Jornal Hoje - TV Globo
Segunda-Feira, 31 de Março de 2008
Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Datafolha mostra a disputa pela presidência da República, dois anos e meio antes da eleição. Os cenários alternam dois candidatos do PSDB e três do PT.
Com José Serra como candidato do PSDB e Marta Suplicy pelo PT, se a eleição fosse hoje, Serra teria 36% por cento dos votos; Ciro Gomes (PSB), 20%; Heloísa Helena (PSOL), 12%; Marta, 8%. Votos em branco e nulos, 16%; não sabem em quem votar, 9%.
Com Dilma Roussef, disputando pelo PT, Serra teria 38%; Ciro Gomes (PSB), 20%; Heloísa Helena (PSOL), 14%; Dilma, 3%. Votos em branco e nulos, 16%; os que não sabem são 9%.
Com Patrus Ananias, como candidato do PT, , Serra teria 38%; Ciro Gomes (PSB), 21%; Heloísa Helena (PSOL), 15%; Patrus, 1%. Votos em branco e nulos, 16%; os que não sabem, 9%.
Se Aécio Neves fosse o candidato do PSDB e Marta Suplicy a escolhida pelo PT, Ciro Gomes (PSB) teria 28%; Heloísa Helena (PSOL), 17%; Aécio, 14%; Marta, 11%. Votos em branco e nulos, 19%; os que não sabem, 11%.
Com Dilma Roussef disputando pelo PT, Ciro teria 31%; Heloísa (PSOL), 19%; Aécio, 15%; Dilma, 4%. Votos em branco e nulos, 19%; os que não sabem, 11%.
Por fim, se Patrus Ananias fosse o candidato do PT, Ciro teria 32%; Heloísa Helena (PSOL), 20%; Aécio, 15%; Patrus, 1%. Votos em branco e nulos, 20%; os que não sabem, 12%.
O Datafolha elaborou também um cenário em que José Serra e Aécio Neves, ambos do PSDB, concorressem à presidência. Se a eleição fosse hoje, Serra teria 34%; Ciro Gomes, 20%; Heloísa Helena, 14%. Votos em branco e nulos, 12%; os que não sabem, 8%.
Avaliação do govenroO Datafolha diz ainda que o presidente Lula alcançou em março a melhor popularidade, em cinco anos e três meses de governo.
55% por cento dos entrevistados consideram o governo Lula ótimo ou bom, contra 50% na pesquisa anterior; 33% acham que é regular – em novembro passado, o índice era de 35%. 11% avaliam o governo como ruim ou péssimo, contra 14% na pesquisa anterior.
O Datafolha entrevistou 4.044 pessoas, entre os dias 25 e 27 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

28 de março de 2008

Banco Azteca chega a Pernambuco


Esta quinta-feira (27), Olinda foi palco da comemoração da chegada do Banco Azteca a Pernambuco. A instituição é uma das oito empresas do grupo mexicano Salinas e terá sua primeira filial inaugurada no Recife. O banco será instalado no interior da loja Elektra, uma das maiores no ramo de eletrodomésticos na América Latina. Para a festa de lançamento, foi preparada uma programação especial, que começa às 16h, com Cortejos das agremiações Flor da Lira, Maracatudo, Clube Vassourinhas, Maracatu Piaba de Ouro, Bonecos Gigantes e Maracafrevo. Os grupos irão sai de diversos pontos do Sítio Histórico e se encontrão na frente da sede da prefeitura. Logo depois, às 18h, o público poderá conferir, em um palco armado na frente aa prefeitura, os shows da Orquestra Spok de Frevo com os convidados, Almir Rouche, André Rio e Silvério Pessoa. Em seguida, a partir das 20h, o grupo mexicano Los Mariaches e Alceu Valença sobem ao palco para encerrar a noite. A unidade Recife fica localizada na Avenida Beberibe, n° 1979, Água Fria e será mais uma das licenças de operação bancária que o grupo consegue fora do México. O grupo já oferece serviços financeiros e bancários no Panamá, na Guatemala, em Honduras e em El Salvador. A vinda do banco para cidade de Olinda traz para os pernambucanos crédito a um custo inferior que os juros médios do mercado

Segundo a prefeita de Olinda, Luciana Santos, a entrada do banco no país tem o objetivo de oferecer crédito acessível ao mercado popular. "A instalação de uma sede em Recife e outra em Olinda vai contribuir para elevar o padrão de vida das classes média e baixa de Pernambuco”, completa.

O Banco - O Banco Azteca foi criado em 2002 e está ligado à rede mexicana de varejo Elektra que é uma das empresas do grupo Salinas. No México, o banco tem aproximadamente cinco milhões de correntistas e a maioria de suas agências funciona dentro das lojas Elektra atendendo 70% da população que não tem conta corrente nos demais bancos comerciais mexicanos.

O Azteca é o terceiro maior banco mexicano em número de agências, 1.400 unidades. A instituição tem 15 milhões de clientes e patrocinou a seleção de futebol do México na Copa do Mundo de 2006. No segundo semestre deste ano, sua carteira de crédito era de 20,7 bilhões de pesos mexicanos (R$ 3,6 bilhões), 15% acima do valor obtido no mesmo período do ano passado.


Por:


Mylene Bárbara
13h05 - 25/03/2008

Conferência GLBTT discute direitos e políticas públicas


Nos próximos dias 28 e 29 de março Olinda sedia a a 1ª Conferência GLBTT de Olinda. Com o tema Direitos Humanos e Políticas Públicas: Olinda no Caminho o evento tem o objetivo de garantir a cidadania de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. No primeiro dia (28), a conferência será realizada na Câmara dos Vereadores de Olinda, a partir das 9h. Já o segundo dia (29) do evento acontecerá na Casa Anexo, atrás do supermercado Comprebem, na rua Cândido Pessoa, nº 425, Bairro Novo, a partir das 8h.O evento é o resultado de reivindicações do movimento e uma espécie de “instrumento” de discussão para se chegar na garantia da lei 5.168/99, de autoria do vereador de Olinda Marcelo Santa Cruz, que penaliza os estabelecimentos comerciais que praticam atos preconceituosos. O objetivo das palestras é fazer com que o Governo crie um espaço para garantir os direitos dos homossexuais. A Conferência é uma ação compartilhada de diversas secretarias e terá vários palestrantes envolvidos na causa. A Prefeita Luciana Santos comparecerá na abertura.


Por:
Luiz Bernardo Barreto
13h49 - 27/03/2008

Festcom - Festival Cabense de Comédia


De 22 a 28 de março o Teatro Municipal Barreto Júnior, no Cabo de Santo Agostinho, recebe o I Festcom - Festival Cabense de Comédia. Sete montagens se apresentarão, sempre às 20h, com ingressos a preço popular (R$ 3). Confira a programação:


Dia 25 - A VIDA FAMILIARTexto: Gleydson Wanderson e Elivaldo FerreiraDireção: Marcelo RhwushanskyRealização: Grupo Teatral Arte em Cena (Cabo)

Dia 26 - A FARSA DO PODERTexto: Racine SantosDireção: Didha PereiraRealização: Cia. de Eventos Lionarte (Limoeiro)Dia 27 - UMA MULHER DAMATexto: Lourdes RamalhoDireção: Geraldo CosmoRealização: Troupe Cênica Express’Art e Grupo Teatral Risadinha (Camaragibe)


Dia 28 - GUIOMAR SEM RIR, SEM CHORAR (encerramento)Texto: Lourdes RamalhoDireção: Buarque TomásRealização: Grupo da Gente – GRUDAGE (Cabo)


Quando: De 22 a 28 de março, às 20h

Onde: Teatro Municipal Barreto Júnior, Cabo de Santo AgostinhoEntrada: R$ 3

27 de março de 2008

Oportunidade

Edital para pesquisa em gênero24 de Março de 2008

O Núcleo de Estudos de Gênero Pagu, da Universidade Estadual de Campinas, lançou edital para abertura de concurso para vaga de pesquisador nível C (com doutorado). As linhas de pesquisa são: sexualidade, história das ciências, curso da vida, educação, distribuição de justiça, mídia e teorias feministas e perspectivas disciplinares. Mais informações em www.unicamp.br/pagu ou pelo e-mail pagu@unicamp.br.

Classe C já é maioria da população brasileira

Expansão em 2007 resultou do aumento da renda nas classes D e E, mas uma parcela menor veio das classes A e B

Márcia De Chiara
Jornal O Estado de S. Paulo

A classe C já é a maioria da população. No ano passado, 46% dos brasileiros pertenciam a essa camada social, ante 36% e 34% em 2006 e 2005, respectivamente. Ela também foi a única que aumentou de tamanho no último ano. De 2006 para 2007, quase 20 milhões de pessoas ingressaram nesse estrato social, um número cinco vezes maior que no período anterior.A classe C reúne hoje 86,2 milhões de brasileiros com renda média familiar de R$ 1.062. A maior parte do contingente que engordou a classe C vem da base da pirâmide populacional, as classes D e E, perto de 12 milhões de pessoas. Outros 4,7 milhões vieram das camadas A/B, que perderam poder aquisitivo. O restante é proveniente do crescimento vegetativo da população.Isso é o que revela a pesquisa O Observador Brasil 2008, feita pela financeira francesa Cetelem com o instituto de pesquisas Ipsos Public Affairs. Na terceira edição da enquete, foram ouvidas 1.500 famílias em 70 cidades e nove regiões metropolitanas do País em dezembro de 2007. Os entrevistados foram classificados não só pela renda, mas também pelo nível educacional e pela posse de bens, este o item de maior peso.“O elevador social funcionou”, afirma Franck Vignard Rosez,diretor de Marketing e Novos Negócios da financeira. Ele atribui esse resultado a uma combinação favorável de fatores: crédito farto com prazos longos e juros menores, preços em queda dos bens duráveis, crescimento do emprego e os programas sociais que colocaram mais recursos no bolso das camadas que estão na base da pirâmide populacional.“O aumento expressivo da classe C nos surpreendeu”, diz o presidente da Cetelem no Brasil, Marc Campi. Segundo ele, em apenas um ano esse estrato social aumentou o equivalente a duas vezes a população de Portugal. Animado com os números, Campi conta que a financeira vai entrar no crédito de veículos neste ano e avalia a estréia no crédito imobiliário mais para frente. Apesar do entusiasmo, ele pondera que, se os prazos dos financiamentos forem reduzidos e os juros subirem, a mobilidade social acelerada das camadas de menor renda poderá perder fôlego.De acordo com o estudo, “o bem-estar da sociedade brasileira passa por uma pequena revolução”. Com o grande número de pessoas que migrou da classe D/E para a classe C, quase dobrou a renda média mensal familiar dessa população no último ano, de R$ 580 para R$ 1.062. Apesar disso, a renda média familiar da classe C no último ano teve um ligeiro recuo, de R$ 1.162 para R$ 1.062. Segundo Rosez, isso ocorreu porque normalmente quando as pessoas ingressam numa outra classe a entrada ocorre pelas faixas salariais mais baixas, o que puxa a média de renda do estrato social para baixo.Outro dado positivo da pesquisa foi o aumento da renda disponível das classes C e D/E nos dois últimos anos. Em 2005, faltavam R$ 17 para o consumidor da classe D/E pagar as contas no fim do mês. No ano passado, sobraram R$ 22. Na classe C também houve ganho de renda. Em 2007, sobraram R$ 147, ante uma folga de R$ 122 em 2005. Já para a classe A/B a fôlego diminuiu de R$ 632 em 2005 para R$ 506 em 2007. A renda disponível é a que sobra após os gastos obrigatórios. A enquete mostra que o ritmo acelerado de consumo deve continuar este ano. Celular, computador, itens de decoração e a casa própria tiveram os maiores acréscimos na intenção de compra.

Um projeto pedagógico do Concerto para Vida






O idealizador do Concerto, Prof. Givanildo Amancio, pretende difundir as artes (Música, Teatro, Poesia, Pintura...) nos cemitérios, na tentativa de levar Arte para sanar a dor e a melancolia dos que visitam as necrópoles, como também valorizar o cemitério como um espaço de importância histórica e artística para uma cidade e sua população.Givanildo tem ainda uma proposta de fazer um trabalho pedagógico e preventivo em escolas e comunidades. Junto às crianças e professores, o projeto desenvolverá atividades de caráter artístico, cujo enfoque é a vida e as múltiplas possibilidades de criação e transformação que encontramos em expressões musicais, literárias e outras. Estar preparado para a morte do corpo físico como processo natural é estar preparado ou se preparando para a vida e a possibilidade de viver com arte . Sem cunho religioso, a proposta se aplica a qualquer grupo de pessoas, pois a dor e a tristeza fazem parte da humanidade.O trabalho preventivo desenvolverá sentimentos de solidariedade entre as crianças e os professores, bem como abrirá um espaço para a discussão sobre a morte e a melancolia, assuntos tão presentes na nossa vida, mas tratados com um certo tabu. Com a leitura de histórias, apresentações de composições musicais, criação de poemas e performances, as crianças poderão estreitar o contato com a Arte e transformar sentimentos destrutivos em processos de criação - promovendo, assim, o ato de trocar ameças por oportundades e expressões tanto individuais como coletivas. Quando partimos do ponto da possibilidade de chegada inevitável, poderemos escolher como queremos viver ou percorrer nosso trecho experencial. A consicência disso conjugada com prospecções expressivas do ponto de vista artísitco ampliará a qualidade de vida de qualquer emprendimento, seja educativo-pedagógico, sócio-industrial ou artístico-cultural.




extraído de: http://concertoparavida.blogspot.com/, em 27/03/08.

26 de março de 2008

CAMPANHA DIVIDIDA PT e PCdoB já divergem em Olinda

JORNAL DO COMMERCIO Publicado em 26.03.2008
em 26.03.2008

A disputa sucessória em Olinda, terceiro maior colégio eleitoral do Estado, expôs ontem as divergências internas entre o PCdoB da prefeita Luciana Santos e o PT do vice Paulo Valença sobre o principal programa eleitoral da gestão: o Orçamento Participativo (OP). Valença veio a público externar suas críticas ao OP e reafirmar sua pretensão de disputar a Prefeitura, quebrando um jejum de 16 anos do PT na cidade. Ao tomar conhecimento das críticas, Luciana Santos, que apóia a pré-candidatura do deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB), disse que "talvez o ambiente dessa movimentação de candidatura própria do PT, que é legítima, esteja marcando o esforço do vice-prefeito em afirmar algumas diferenças".
Segundo Paulo Valença, o OP olindense corre o risco de ser esvaziado e cair no descrédito da população porque não tem implementado a participação popular no formato em que a gestão do prefeito João Paulo (PT) vem fazendo no Recife. Valença se refere ao fato de o estágio de debate com o povo, sobre o destino dos recursos, não ser efetivado já na fase de planejamento das obras. O vice também reclama do "baixo" índice de execução das obras do programa. Segundo contabilizou, somente 33% delas já foram concluídas.
"Na formulação do nosso programa de governo estamos defendendo um modelo de OP como o que vem sendo feito no Recife, com a participação popular sendo exercida já na fase de planejamento das obras. O que nós temos aqui, onde, excluído o percentual que é destinado ao IPTU, e descontado os recursos utilizados nos serviços públicos, o restante (60%) é dividido com as 10 RPAs (Região Político-Administrativa) de Olinda, corre o risco de cair no descrédito da população. Precisamos recuperá-lo", advertiu.
Luciana confirmou as divergências entre PCdoB e PT sobre o Orçamento Participativo de sua gestão. Destacou, porém, que vem tratando de superá-las. "Felizmente a gente vinha tratado essas divergências de forma muito saudável. Mas talvez o ambiente eleitoral esteja marcando o esforço do PT de marcar algumas diferenças", concluiu. A prefeita ressaltou que o OP de sua gestão é reconhecido internacionalmente, principalmente pelo fato de não se restringir à questão do orçamento, mas incluir um conteúdo temático, como o racial e o da mulher. "O principal problema do OP, em Olinda, não é de ordem política. Mas de fundo objetivo por conta das limitações orçamentárias da cidade. Temos um orçamento muito pequeno e muitas demandas. Por isso é difícil garantir a execução de todas as obras", justificou, frisando que um dos caminhos que está sendo buscado para resolver isso é a inclusão de algumas obras no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.
Paulo Valença informou que vem colocando esse debate no governo quando lamentou, por exemplo, a extinção da secretaria de Desenvolvimento Econômico. Segundo ele, esse tema precisa merecer atenção especial da gestão, o que não vem ocorrendo, na medida em que a prefeita decidiu transformar a secretaria em uma diretoria. Sobre sua pretensão de disputar a Prefeitura, Valença disse que está conversando muito sobre a proposta. "Temos a responsabilidade de não permitir um retrocesso em Olinda. A gente faz críticas mas também reconhece os avanços da gestão. E a última vez que disputamos (o PT) a Prefeitura de Olinda foi em 92. Está mais do que na hora de nos lançarmos. Partido que não coloca suas propostas não cresce", advertiu.

Encontro sobre educação popular no auditório da Editora Universitária

Os departamentos de Geografia, Design e Sociologia da UFPE vão realizar, no próximo dia 27, o seminário “Conhecimentos e educação popular: diálogos entre saberes e experiências”. O evento ocorrerá das 8h30 às 18h30, no auditório da Editora Universitária, no campus da Universidade e tem por objetivo promover a compreensão da educação popular como referência para a construção de uma sociedade mais justa, que promova a democratização dos conhecimentos e de novas tecnologias. A abertura do seminário será às 8h30. Às 9h, será iniciado o primeiro módulo dos debates. O tema “Educação popular: compreensão, possibilidades e limites para a construção de um ‘mundo melhor’” será discutido pelos professores João Fra ncisco de Souza (Centro de Educação/UFPE), Andreas Novy (Universidade de Viena) e Paulo Freire Zentrum e Flávio Brayner (Centro de Educação/UFPE). Às 10h30, será iniciado o segundo módulo, “Educação popular, sociedade do conhecimento e juventude”, que contará com a professora Nazareth Baudel Wanderley (Departamento de Sociologia/UFPE), um representante do Centro de Comunicação e Juventude e Djalma Paes (Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia da Prefeitura do Recife). Após uma apresentação do Grupo de Dança Popular Barra do Riachão, que começará às 13h30, será iniciado o terceiro módulo, intitulado “Novas tecnologias, economia solidária e educação popular”. Esse bloco contará com a participação de um representante do Grupo Arte Calango, um do Pirambu Digital, da professora Yvana Fechine (Departamento de Comunicação Social/UFPE), que vai falar sobre o Projeto Coque Vive, e da professora Ana Emília Castro (Depto. Design/UFPE). O último módulo do seminário será sobre “Educação popular: saberes e experiências, lições e encaminhamentos”, e contará com os professores Paul Singer (Departamento de Economia/USP) e Ioshiaqui Shimbo (Departamento de Engenharia Civil/UFSCar). Das 18h as 18h30, ocorrerá um debate final. Durante o seminário, haverá ainda eventos paralelos, como exposições de fotos, do Conexões e Saberes e das empresas de Pirambu Digital, uma videopalestra sobre Paulo Freire e uma feira de artesanato. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas através do e -mail grittufpe@gmail.com até o próximo dia 25. Devem constar no e-mail o nome completo, RG, CPF e a instituição de ensino. Cem vagas estão disponíveis.
18/03/2008
Mais informaçõesgrittufpe@gmail.com

25 de março de 2008

Bolsa-Família: da caverna das elites aos direitos sociais

Artigo
O cerne das críticas ao programa Bolsa-Família despejadas na imprensa pelos “falcões do colunismo” — na expressão do jornalista Fernando de Barros e Silva (“A direita e o lulismo”, Folha de S. Paulo,24-03-2008, página A2) —, restringe-se àquelas do preconceito. São elas, em resumo, camufladas sob a falsa retórica da demagogia, superfluidade, inoperância e ineficácia. Nisso não são nada originais: um tal preconceito encontra-se presente no País ao longo de toda a história brasileira das políticas sociais. Todas, sem exceção, seriam igualmente eleitoreiras, como se não fosse legítimo ao governante pleitear a renovação do voto, pelo reconhecimento de seus feitos no interesse público.
Um dos críticos mais contumazes do programa desqualificou-o em página de jornal, dias atrás, sob o argumento de que o Bolsa-Família representa puro desperdício de recursos públicos, por ser inócuo nas suas condicionalidades: sob o aspecto educação - “não incentiva os pais a manterem os filhos na escola, porque eles já estão na escola” – e sob o aspecto saúde da família – “os pais vacinam os filhos sempre que há oportunidade”. Além de tais inocuidades, não haveria por parte do governo “nenhum controle sobre as condicionalidades”. Levianas que são, tais críticas não merecem resposta.
O leitor de jornal é testemunha de sua recorrência. Na realidade, elas externam o “preconceito contra os pobres”, na justa expressão do presidente Lula. Mais que isso, externam talvez o “estado da arte” dos direitos humanos na sociedade brasileira. Em países de regulação social tardia, como o Brasil, a cultura dos direitos sociais, historicamente rejeitada pelas elites dominantes, é recentíssima – e foi somente no governo Lula que ganhou plena expressão, por se tratar de um governo que tem como projeto político prioritário a universalização da cidadania, instituída pela Constituição Federal de 1988. Lembre-se de que o Brasil reconheceu os direitos sociais e humanos somente no último quartil do século XX, após lutas sangrentas contra ditaduras militares, que, embora impregnadas de nacionalismo, com seu projeto desenvolvimentista de Estado-Nação, não praticaram a universalidade da cidadania.
Por universalização da cidadania entende-se o reconhecimento dos demais direitos humanos, além do direito à cidadania civil e política. Como é sabido, a prática da democracia evoluiu, mediante pressão de movimentos sociais, para formas mais substantivas de realização da cidadania, formas que se constituem no esboço de um Estado Democrático de Direito Social, em oposição ao Estado neoliberal.
Tal evolução corresponde ao reconhecimento sucessivo de três gerações de direitos humanos: os relativos à cidadania civil e política, que se destacam pelo direito às liberdades de locomoção, pensamento, voto, iniciativa, propriedade e disposição da vontade; os relativos à cidadania social e econômica, que se destacam pelo direito à educação, à saúde, à segurança social e ao bem-estar individual e coletivo reconhecido às classes trabalhadoras; os relativos à cidadania pós-material, tais como o direito à qualidade de vida, ao meio ambiente saudável, à tutela dos interesses difusos e ao reconhecimento da diferença.
A universalização da cidadania, de que é expressão o Bolsa-Família, agora complementado pelo programa Territórios da Cidadania –, traduz-se objetivamente, para os beneficiários, na resposta à sua luta pelo abandono do “direito de papel” e pelo reconhecimento de seus direitos no cotidiano. Isso é assumir que o alcance das políticas sociais deve alargar-se, para dar conta das condições efetivas de vida de seus usuários. No caso da educação, por exemplo, o que se requer não é somente um bom professor ou boa sala de aula, mas também boa merenda, bom material escolar, bom transporte, boa saúde e incremento da participação dos pais nos assuntos referentes à formação escolar dos filhos e na gestão pública da escola.
Com a transformação social daí decorrente, tudo isso deve converter-se, ao longo do tempo, em participação crescente do povo no processo decisório e na produção dos atos de governo; em síntese, no fortalecimento da democracia participativa. Esta se caracteriza por um modo de gestão que associa o processo participativo de gestão à qualidade do resultado – qualidade mensurável nos programas sociais do governo Lula pelo incremento da capacidade dos beneficiários de assumir plena responsabilidade individual e coletiva.
Tudo de acordo com a Constituição Federal, segundo a qual as políticas sociais devem ser geridas por conselhos de constituição paritária entre membros do governo e da sociedade civil. Esses representantes dos segmentos da sociedade são eleitos por processos submetidos a controle social (local). É o que determina também o programa Bolsa-Família.
Essa nova forma de gestão vai exigir processos decisórios abertos e tende a provocar uma ruptura com as práticas populistas, embora possam ocorrer manobras políticas para converter tais conselhos em “caixas de ressonância” de grupos no governo. Mesmo sob esse risco, é fato que tais conselhos têm provocado novas questões para a gestão democrática das políticas sociais. Veja-se, a propósito, o papel inovador das experiências do Orçamento Público Participativo como forma de avanço democrático no controle da agenda social estatal.
É sobre tais pressupostos que assenta o projeto político do Partido dos Trabalhadores e do governo Lula. Trata-se, com o Bolsa-Família e demais programas sociais, de refundar o conceito de cidadania. Não para restringi-lo e sim para alargá-lo em seu alcance e inclusão. A noção de estado social constitui-se, para o governo Lula, como uma das novas funções do estado moderno: ocupar-se, em resposta aos movimentos sociais, em atender às exigências do bem-estar social dos cidadãos, de seus direitos sociais, e não mais se limitar às funções tradicionais de regulação. Trata-se de devolver ao controle da sociedade o papel antes atribuído com exclusividade ao mercado.
É nessa medida que o governo Lula expressa s sua rejeição ao estado neoliberal, que se intentou implantar no Brasil no governo FHC, período em que os governantes e seus ideólogos não mediram esforços para difundir a cultura privatista, elitista e autoritária dominante. As políticas sociais de FHC, que se constituíram em instrumento de introdução da racionalidade mercantil na esfera pública, tinham como objetivo reduzir as redes de proteção social a um resíduo da solidariedade pública e preferencialmente privada para com os “miseráveis”.
Em vez de direito social, buscou-se difundir a idéia de ajuda aos pobres, na presunção doutrinária de que a pobreza é tão natural como a ocorrência de laranjas e felinos, e não um produto social, resultante da determinada correlação de forças entre Estado, sociedade e agentes privados. Em vez do reconhecimento público do direito à satisfação de determinadas necessidades sociais, o que se buscou com FHC foi fazê-las refluir para o âmbito privado e individual.
Assim, o direito ao acesso a respostas públicas como condição universal de realização da cidadania foi reduzido ao modelo caricato da subsidiariedade, que somente admite a regulação estatal em último caso; quando ocorrer, por exemplo, a ausência de capacidade da família ou da comunidade de prover tais necessidades. Reduz-se a responsabilidade pública à condição da esmola, para que os indigentes possam sobreviver. Como conseqüência de um tal enfoque, os serviços voltados para os mais pobres tornam-se ainda mais precários, num circulo vicioso perverso, em que a má qualidade e a cobertura deficiente das políticas sociais passam a ser mais um agravante da miserabilidade.
Que o sapateiro não vá além das sandálias: eis o preconceito contra os pobres que se lê por detrás da enxurrada de críticas levianas difundidas pelos “falcões do colunismo”, em dissintonia com a opinião pública brasileira e mundial, que enxerga no Bolsa-Família o mais consistente programa de governo voltado para a realização do direito à cidadania plena.
A combinação entre movimentos sociais, democracia política e democracia social consolida a adoção pelo Brasil das políticas sociais de terceira geração. Este será o maior legado do governo Lula.

Rui Falcão, advogado e jornalista, 64 anos, é deputado estadual em São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores. Foi deputado federal, presidente do PT/SP e secretário de governo na gestão Marta Suplicy.

23 de março de 2008

Cuito Cuanavale: o princípio do fim do apartheid

Há 20 anos, em 23 de março de 1988, travou-se no sudeste de Angola a decisiva Batalha de Cuito Cuanavale, na qual tropas angolanas, de Cuba e da SWAPO, movimento armado de libertação da Namíbia, unidas, derrotaram tropas do regime racista da África do Sul, que tinham o apoio da Unita e dos EUA.
Por Beto Almeida, para a TELESUR
Não surpreende que os meios de comunicação comerciais, sempre tão zelosos em comemorar as datas mais banais, seja sobre um desfile de moda, uma festa grã-fina ou um festival de cerveja ou de rock, tenham a mais completa insensibilidade para um registro, ainda que informativo, sobre esta Batalha de Cuito Cuanavale, epopéia tão marcante na caminhada da humanidade para enterrar um dos mais selvagens e brutais regimes da história, o apartheid mantido por décadas pela oligarquia racista da África do Sul, obviamente, com a sustentação da "democracia" norte-americana.
Vale relembrar. Em 1987, a situação em Angola se agravara drasticamente. Aliás, nunca tinha sido tranqüila a situação para o movimento de libertação de Angola, desde o início de sua luta contra o colonialismo português. Depois de fundado no início dos anos 60, o MPLA, dirigido pelo poeta e médico Agostinho Neto, consegue grandes avanços a partir da Revolução dos Cravos, quando o movimento de militares revolucionários derruba a ditadura salazarista em Portugual, a 25 de abril de 1974.
O colonialismo português entrava em colapso total, o novo governo português, dirigido por militares revolucionários adota posição de solidariedade para com os movimentos de libertação das ex-colônias portuguesas. A 11 de novembro de 1975 as tropas do MPLA tomam a capital Luanda e declaram a Independência e a fundação da República Popular de Angola. Mas, não houve paz.
Imediatamente, os EUA que já haviam patrocinado com dinheiro e armas a criação da Frente Nacional para a Libertação de Angola, dirigida por Holden Roberto e com apoio total do governo reacionário do Zaire, de Mobuto Sezeke, e também a Unita, dirigida por Jonas Savimbi, com apoio direto do regime racista da África do Sul, determinam ações para desestabilizar o novo governo angolano, impedindo que a independência fosse seguida da reconstrução de um país dilacerado pela guerra colonial. A guerra recrudesce em Angola, país rico em diamantes e petróleo; o exército da África do Sul intervém diretamente.
Brasil reconhece Angola e Kissinger vem ao Brasil Agostinho Neto solicita ajuda militar de Cuba, que, com o apoio da URSS, atende. Um fato notável é que o primeiro país a reconhecer o novo governo de Angola é o Brasil, então presidido por Ernesto Geisel. A posição brasileira causou grande insatisfação junto ao governo dos EUA.
Aliás, o reconhecimento brasileiro à Independência de Angola inseria-se num leque de medidas da política externa brasileira de então - tais como o reatamento com a China, a Romênia, o acordo nuclear Brasil-Alemanha e o rompimento de um Tratado Militar com os EUA e outras - que já indicava um outro alinhamento internacional do Brasil, chegando a motivar uma visita repentina do Secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger , ao Brasil.
Segundo os relatos, Kissinger teria reclamado junto ao presidente Geisel da política externa brasileira. Teria mesmo dito, em tom de ingerência, que a postura brasileira reconhecendo o governo de Agostinho Neto representaria na prática "fazer o jogo do comunismo internacional, o Brasil alia-se a Cuba". A resposta de Geisel teria deixado Kissinger surpreendido e irritado: "Senhor Secretário, a nossa política externa não está em debate com o senhor!" Bem diferente da diplomacia de "pés descalços" e subserviente que o Brasil veio a experimentar nos anos 90, a era da privatização
Cuba pega em armas contra o apartheid Apesar da solidariedade militar cubana a Angola, a crescente intervenção dos EUA no conflito, através da África do Sul, faz com que boa parte do território angolano escape do controle do governo angolano. Em outubro de 1987, o Presidente angolano José Eduardo Santos expõe a Fidel Castro as dificuldades monumentais e o risco de uma derrota militar. Solicita, uma vez mais, que Cuba conceda mais apoio militar. A dramática situação angolana é analisada exaustivamente pela direção cubana que decide empenhar-se ainda mais decisivamente na guerra de libertação do povo angolano, baseando-se nos princípios do Internacionalismo Proletário, inscrito na Constituição Socialista de Cuba.
As tropas angolanas e cubanas posicionadas na localidade de Cuito Cuanavale, estavam sob intenso bombardeio do exército racista da África do Sul. O risco de massacre era iminente. Enquanto resistiam, um novo plano estava sendo elaborado em Cuba para inverter esta situação desfavorável. Em sucessivas viagens de 15 horas de Havana até Luanda - num itinerário inverso ao dos navios negreiros - aviões transportam dezenas de milhares de soldados cubanos.
Há também o fornecimento de mil tanques, milhares de baterias anti-aéreas e num prazo recorde de 60 dias é construído um aeroporto com estrutura suficiente para pouso e decolagem dos modernos aviões Mig-23, de fabricação soviética, que Cuba também forneceria a Angola, juntamente com seus melhores pilotos. O plano estava traçado para a Batalha final de Cuito Cuanavale: 40 mil soldados cubanos bem armados e treinados, 30 mil soldados angolanos e 3 mil guerrilheiros da SWAPO, o exército de libertação da Namíbia, país que também estava ocupado por tropas da África do Sul.
Rumo ao sul Fidel havia encarregado o general Cintra Frias, veterano guerrilheiro de Sierra Maestra, do comando destas operações em território angolano. Na oportunidade, Castro teria confessado ao líder do Partido Comunista da África do Sul, o branquelão Joe Slovo, que a estratégia seria como a de um boxeador: "Enquanto seguramos o inimigo com a mão esquerda (Cuito Cuanavale) , vamos atacando com o punho direito". A situação militar se inverte graças a esta massiva e preparada intervenção cubana, país que chegou a enviar a Angola, ao longo anos, cerca de 350 mil homens e mulheres internacionalistas, garantindo de fato a verdadeira independência na jovem nação africana.
Não suportando os golpes recebidos, em especial uma grande surra promovida pela atuação dos pilotos cubanos nos MIG-23, a Batalha decisiva ocorre no dia 23 de março de 1987, uma derrota fundamental das tropas da África do Sul que Nelson Mandela assim descreveria: " Cuito Cuanavale foi a virada para a luta de libertação do meu continente e do meu povo do flagelo do apartheid!"
Sem dúvida, a luta de libertação da Namíbia também recebia um grande impulso, e dois anos mais tarde, este país também declararia a sua Independência. Entretanto, o governo racista de Botha preocupava-se, pois pela potência e envergadura da estratégia armada por Cuba no sul de Angola chegou a imaginar que as tropas cubanas pudessem dirigir-se rumo ao sul, ou seja, rumo a Pretória.Na fuga, as tropas racistas bombardearam pontes, revelando medo de uma ofensiva rumo ao sul. Enquanto as batalhas ocorriam, com sucessivas derrotas impostas às tropas da África do Sul, ocorriam no âmbito da ONU as famosas negociações em busca de um acordo, negociações em que os representantes dos EUA exibiam toda sua hipocrisia.
Mas, há um diálogo que merece ser relembrado, quando o representante do regime racista nestas negociações pergunta ao representante de Cuba, Jorge Risquet, se havia a intenção de uma ação militar rumo ao Sul, a resposta é dessas que entram para os anais de história militar: "Se eu lhe disser que vamos rumo ao Sul isto seria tomado como uma ameaça, se eu lhe disser que não vamos rumo ao sul, isto seria para vocês um calmante". Deixou o racista atônito e confuso. E em outra oportunidade deu o toque de realismo que a arrogância sul-africana não queria reconhecer. "A África do Sul não tem condições de impor na mesa de negociações uma situação de vantagem quando no campo de batalha está sendo fragorosamente derrotada." De fato, os negociadores sul-africanos diziam que se retirariam "para a Namíbia". A história foi diferente, tiveram que sair também da Namíbia.
Condolezza e o Ministro Negro Exatamente quando a Secretária de Estado dos EUA, Condolezza Rice visitava o Brasil, onde, entre muitos temas mais importantes e nada divulgados, assinou um Plano de Ação pelo qual Brasil e EUA decidem atuar conjuntamente para "eliminar a discriminação racial", a TV Cidade Livre, o canal comunitário de Brasília, realizava um debate sobre a Batalha de Cuito Cuanavale, com participação de embaixadores de Cuba, Angola, Namíbia e África do Sul, agora livre do apartheid. O texto firmado por Condolezza e o Ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, afirma que Brasil e EUA "partilham a característica de serem sociedades democráticas multi-éticas e multi-raciais", o que teria motivado um comentário de Fidel Castro em uma de suas Reflexões do Comandante: "É assombroso. Penso que é exatamente o contrário o que acontece nos EUA".
Sem dúvida, basta verificar as condições de vida da população negra que ainda hoje vegeta sob os escombros do Furacão Katrina, em Nova Orleans. Ou contar o contingente de negros nas prisões norte-americanas. Ou a quantidade de eleitores negros que foram sub-repticiamente retirados do cadastro eleitoral para assegurar a vitória suspeita de Bush nas decisivas eleições presidências na Flórida em 2000.
Quanto ao Brasil, sabemos que os negros são maioria nas prisões, nas filas do desemprego, entre os que recebem os salários mais baixos, entre os que vivem nas favelas, entre os que estão nas fazendas com trabalho escravo. Num quadro dantesco como este, a simples existência de um Ministério da Igualdade, pode ser uma boa notícia, demonstrando a sensibilidade que o presidente Lula tem para a questão racial, afinal, um de seus grandes amigos na época da fábrica era um negro. Também é importante que uma das primeiras leis por ele sancionada é exatamente a que introduz a disciplina História da África nos currículos da escola brasileira.
Qual foi a nossa solidariedade? No entanto, não se deve deixar passar a oportunidade para uma reflexão bem mais profunda, por exemplo, a partir da divulgação pela TV Brasil da histórica importância da Batalha de Cuito Cuanavale para a libertação da África do Sul e para o começo do fim do apartheid, permitindo às novas gerações tomar conhecimento de que houve um povo capaz de levar sua solidariedade à expressão máxima de concretude: Cuba socialista foi o único país que pegou em armas para combater o apartheid e para defender a independência de uma nação irmã ameaçada pela ação colonialista dos EUA em apoio à África do Sul e ao exército mercenário da Unita. Ou seja, nada pode ser mais assombroso, como disse Fidel, que a Condolezza venha reivindicar seu país como uma democracia multi-racial e multi-étnica.
Cuito Cuanavale deve servir também para os movimentos sociais, especialmente ao movimento negro brasileiro, para refletir que a solidariedade deve ter tradução real, pois não se tem notícia de que os nossos irmãos angolanos tenham recebido do movimento negro, em solidariedade, uma aspirina que fosse. Enquanto que Cuba enviou para Angola 350 mil homens e mulheres, de lá trazendo apenas seus mortos e as medalhas desta vitória que jamais poderá ser apagada da consciência da humanidade.
Muito se exalta que o Brasil é o país como maior população negra fora da África, mas qual foi a nossa solidariedade concreta quando ela foi tão necessária? Quando vários estudos registram o seqüestro impiedoso de contingentes negros africanos para formar o escravagismo nas Américas, e isto é uma verdade cruel e inapagável, Cuba foi capaz de inverter o itinerário: negros, brancos e mestiços partiam do Caribe para a Mãe África que estava sendo estuprada pelo apartheid e pelos EUA para oferecer solidariedade, para lutar com armas nas mãos, ombro a ombro com angolanos e namibiamos e impor a primeira derrota, que tinha que ser militar, ao apartheid.
Como disse Mandela, em Cuito Cuanavale se deu a virada. Mas, uma virada marcada pela consciência das tropas cubanas de serem a continuidade histórica do internacionalismo proletário, de fazerem reviver o brado heróico de Stalingrado, de retomarem o exemplo revolucionário das massas vietnamitas que também derrotaram os EUA. Para a África Cuba enviou negros, brancos e mestiços alfabetizados, cultos, um exército bem treinado, com consciência socialista, e que não esteve em Angola para rapinar petróleo ou de diamante, como hoje fazem de modo selvagem e assassino as tropas norte-americanas no Iraque. E a solidariedade cubana com a África não se esgotou naquela histórica epopéia militar: hoje milhares de médicos e professores cubanos trabalham em dezenas de países africanos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o contingente de médicos cubanos na África supera o número de médicos que todos países ricos somados têm hoje naquele continente que tanto rapinaram....Por isso, é indispensável um debate mais aprofundado sobre o papel de Cuba e Angola na luta contra o apartheid, pois, não faz nenhum sentido falar da luta contra o racismo desconhecer esta contribuição, ignorar a dimensão histórica da Batalha de Cuito Cuanavale e, ao mesmo tempo, tomar como exemplo de luta anti-racial o modelo norte-americano, quando foram os EUA os principais sustentadores do apartheid.
Recomendação ao Ministro Edson Santos: que tal promover um debate sobre a Batalha de Cuito Cuanavale na TV Brasil, exibindo lá os excelentes documentários cubanos sobre esta guerra de libertação, com o que poderíamos furar este enorme bloqueio informativo contra esta verdadeira façanha histórica realizada por Cuba para derrotar o criminoso regime do apartheid? O momento é importante, não apenas pela data, mas também porque uma das missões que trouxe Condolezza Rice ao Brasil é a de intimidar a comunidade de países sul-americanos diante da excelente proposta brasileira de criação de um Conselho de Defesa do Atlântico Sul. Há quem acredite que ela veio aqui para combater o racismo, mesmo sendo tão assombroso acreditar nisto.

Beto Almeida é jornalista da rede Telesur
link para Telesur http://www.telesurtv.net/

21 de março de 2008

Segurança alimentar e discriminação racial

Ana Lúcia Pereira

Em 21 de março o Brasil e o mundo celebraram o Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial. O massacre de Shaperville, em 1960, na África do Sul, causou indignação no mundo todo. Fez com que a ONU instituísse um dia do ano para os países refletirem sobre quais mecanismos utilizar para eliminar a discriminação racial.
Da mesma forma, a fome causa indignação e nos remete à questão da discriminação racial. Quando, por exemplo, analisamos os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2004, observamos que 52,2% da população preta ou parda no Brasil sofre as mazelas da insegurança alimentar moderada, leve ou grave. Quando olhamos o mapa da fome no mundo, vemos que mais de 35% da população do continente africano sofre com a fome.
Neste sentido, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) tem procurado enfrentar essa questão, ao inserir a temática étnico-racial na formulação de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional, colocando essa temática como de interesse social e prioridade na agenda pública nacional.
Observamos também que o Consea promoveu um maior reconhecimento das desigualdades por razões de gênero, étnico-raciais e geracionais na sociedade brasileira, com destaque para a aprovação de cotas para negros, quilombolas, indígenas e comunidades religiosas de matriz africana, na III Conferência.
Outros pontos a serem destacados são o desenvolvimento de metodologia para análise do Orçamento Geral da União, com enfoque da segurança alimentar e nutricional e das políticas públicas para a população negra; e o aumento da representatividade dos segmentos da população negra no Consea - gestão de 2007/2009 (comunidades quilombolas, comunidades religiosas de matriz africana, movimento negro, movimento de mulheres negras).
Assim, a luta contra a discriminação racial envolve também a luta contra a fome.
Ana Lúcia Pereira é pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários da Universidade Federal de Tocantins e membro dos Agentes de Pastoral Negros (APN) e do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

18 de março de 2008

IDEAS Assina Carta de Apoio


Terça-feira, 18 de Março de 2008

Até agora, mais de 40 assinam Carta de Apoio ao Grupo Mulher Maravilha
CARTA DE APOIOSenhor Ministro;Vimos, através da presente, solicitar que Vossa Excelência tome as devidas providências para a revogação do cancelamento do convênio celebrado entre esse Ministério e o Grupo Mulher Maravilha para implantação do Consórcio Social da Juventude no Recife e Região Metropolitana.Conforme pode ser constatado, o Grupo Mulher Maravilha não cometeu nenhuma irregularidade na execução do objeto. O que aconteceu foi uma falha técnica no Convênio assinado, omitindo a Secretaria Estadual de Juventude e Emprego como interveniente, impedindo aquele órgão de efetuar a contrapartida como se comprometera.Conhecemos o Grupo Mulher Maravilha como organização decente, que tem uma prática progressista, sempre atuando de forma articulada com os movimento popular e feminista, que tem o reconhecimento público das comunidades urbanas, rurais e quilombolas, organizações não-governamentais, conselhos, fóruns, redes e órgãos governamentais, sempre atuando com transparência e de forma democrática.Não é justo que 1.200 jovens de uma região marcada pela pobreza e pela violência sejam penalizados(as) com a falta de um programa tão importante para o Estado de Pernambuco.Esperamos que sejam tomadas providências urgentes pelo Ministério do Trabalho e Emprego no sentido de poder sanar o impacto político, os danos morais e a injustiça cometida contra o Grupo Mulher Maravilha e os 1.200 jovens das camadas empobrecidas do Recife e Região Metropolitana.Recife, março de 2008.Assinam esta carta:Projeto Ramá/Vale do SenhorMovimento Nacional de Direitos Humanos – Regional Nordeste 02Secretaria Especial de Juventude e Emprego do Estado de PernambucoCentro Nordestino de Medicina Popular - CNMPArticulação Retome Sua VidaCasa Menina MulherUniversidade Popular do NordesteAssociação Circo da CriançaCentro de Estudos e Ações em Direitos Humanos – A-colherCentro de Cidadania Marcelino Champagnat – CCIMCAssociação dos Trapeiros de EmáusIPSIAMovimento Tortura Nunca MaisUmbu-ganzáColetivo RefazendoEscola Dom Bosco de Artes e OfíciosEscola Pernambucana de CircoCentro Social e Cultural do Rio DoceETAPAS – Equipe Técnica de Assessoria em Pesquisa e Ação SocialAssociação Cultural e Assistencial dos Artistas de PernambucoInstituto de Desenvolvimento e Assessoria Social - IDEASInstituto EmpreenderCentro de Trabalho e CulturaAquatroAssociação Ponto CidadãoRoberto Ramos – Projeto Dom Hélder CâmaraEquip – Escola de Formação Quilombo dos PalmaresAbong (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais) - Regional Nordeste IGAJOP - Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações PopularesCentro das Mulheres do CaboRede de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes de PernambucoCentro Comunitário Vivendo e AprendendoBrücke – le pontIgreja Presbiteriana Unida do Brasil CEEBs - Comunidade Eclesial Ecumênica de Base Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social – CENDHECPéricles Chagas (Rede de Jovens do Nordeste / Conselho Nacional de Juventude)Félix Aureliano (Secretaria Especial de Juventude e Emprego do Estado de Pernambuco)Pedro Mendes (Secretário Especial de Juventude e Emprego do Estado de Pernambuco)Movimento Gay Leões do NorteDr. Lúcio Luiz de Almeida Neto (Promotor de Justiça - Comarca de Afogados da Ingazeira/PE)

Olinda realiza 2ª Conferência da Juventude

Ações sociais e as políticas públicas foram principais temas abordados na segunda Conferência da Juventude de Olinda, realizada nesta terça-feira (18). O encontro, que é um preparativo para a 1º Conferência Nacional de Juventude, a ser realizada em Brasília entre os dias 27 e 30 de abril, aconteceu no auditório da Aeso, na rua de São Bento. Marcaram presença no evento a prefeita Luciana Santos e a coordenadora da juventude, Eugênia Lima. A prefeita frisou que a conferência vem em um momento importante para destacar as ações desenvolvidas no âmbito das políticas públicas. “Só existirão políticas públicas se conseguirmos organizar a juventude”, afirmou, ressaltando a importância do papel no engajamento dos jovens. A coordenadora da juventude, Eugênia Lima, lembrou que a prefeita criou a Coordenadoria da Juventude antes mesmo de ser criada a Secretaria Nacional de Juventude, e que Olinda é um dos primeiros municípios a realizar a conferência. “Conseguimos trazer para Olinda os projetos que promovem cultura e ação social”, registrou Eugênia.

13 de março de 2008

Caros amigos, convidamos você a participar da comemoração do Aniversário do Companheiro Irageu Fonsêca, 16 de março, no Bar Vapor 48 (ao lado do Catamarã). Participe e divirta-se!

8 de março de 2008

Propriedade Intelectual é tema de Seminário promovido pela Incubanet

Propriedade Intelectual é um assunto que merece máxima atenção. Também é indicador de inventividade e inovação, tanto no sentido comercial quanto científico, com divulgação segura de conhecimento e incentivo ao avanço de pesquisas.
Pensando nesses fatores a Rede Pernambucana de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores – INCUBANET que abarca dez incubadoras de empresas e um parque tecnológico, realiza uma campanha de sensibilização sobre o tema Propriedade Intelectual. Para tanto, promove, no dia 05/03 (quarta-feira), um seminário com este tema, tendo como palestrantes os advogados Mônica Lustosa e José Pinteiro Bisneto, do escritório Siqueira Castro Advogados, ambos especialistas em Direito de Propriedade Intelectual e consultores contratados pela INCUBANET para o assunto.
Parceria - O seminário será realizado no auditório do Centro de Educação Empresarial do SEBRAE, instituição parceira da INCUBANET no Seminário. O evento acontece nas salas 12 e 13 da instituição, no bairro da Ilha do Leite, Recife. Na oportunidade, a INCUBANET irá lançar uma cartilha em quadrinhos com o tema “Propriedade Intelectual: Uma Iniciativa que Merece Registro”, que visa à sensibilização do empreendedor para o tema. Posteriormente, será oferecida consultoria jurídica sobre o assunto para as incubadoras de empresas que fazem parte Rede INCUBANET. A ação, que pretende envolver empreendedores, acadêmicos e outras partes diretamente interessadas no assunto, faz parte do Programa de Desenvolvimento ao Empreendedorismo da INCUBANET.
Conceitos - A Propriedade Intelectual é o domínio que uma pessoa exerce sobre os frutos da sua atividade criativa, proporcionando à mesma o direito de utilizar, fruir e dispor dos mesmos, em caráter de exclusividade. O Direito de Propriedade Intelectual tem duas ramificações: Direitos Autorais e Direitos de Propriedade Industrial. Os Direitos Autorais se referem às relações entre o autor e sua obra intelectual, tais como fotografia, desenho, pintura, obra musical, áudio visual, software, entre outras. A Propriedade Industrial inclui as marcas, patentes, desenhos industriais, transferência de tecnologia, etc. Esses são conceitos vitais para que o setor produtivo possa melhor utilizar essa ferramenta na estratégia de gestão dos seus empreendimentos. As inscrições para o seminário são gratuitas, mas as vagas são limitadas.


Serviço
Seminário sobre Propriedade Intelectual do pela INCUBANET05/03/2008 (quarta-feira), salas 12 e 13 do Centro de Educação Empresarial do SEBRAE, na Ilha do Leite, Recife.
Mais informações e inscrições – (81) 3134- 5113 ou pelo e-mail karina.moraes@cesar.org.br

extraído de: www.cesar.org.br

7 de março de 2008

Estudo com adolescentes do DF mostra que alunos exageram no consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar

As cantinas sempre lotadas na hora do intervalo nas escolas não deixam dúvidas. Adolescentes adoram salgadinhos, refrigerantes e outras besteiras encontradas nesses lugares. Mas qual é, exatamente, o perfil nutricional desses estudantes? Responder a essa pergunta foi o intuito de uma pesquisa recente feita por duas estudantes do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB), sob a orientação da professora Kênia Baiocchi do Departamento de Nutrição. O estudo foi realizado com 49 alunas entre 14 e 17 anos de duas escolas da Asa Norte e duas de Taguatinga.
Segundo a aluna da graduação Raquel Costa Ferreira, o estudo demonstrou um consumo acentuado de alimentos ricos em gorduras e açúcares. Mais de 85% delas relataram ingerir balas, chicletes, pirulitos e similares entre cinco a sete vezes por semana. Balas são açúcar simples, são pobres em nutrientes. Sem contar que estão relacionadas a cáries e outros problemas de saúde bucal explica.
De duas a quatro vezes por semana, mais de 53% das alunas comem salgados assados e fritos, 51% ingerem chocolate e 46,9% bebem refrigerante. Quando a freqüência é analisada entre cinco a sete vezes por semana, 30% relatam comer salgados; 30%, chocolates; e 32% bebem refrigerantes. Esse consumo é negativo porque esses alimentos são pobres em vitaminas e fibras. O ideal é que os lanches fossem mais a base de cereais e frutas, afirma.
A alimentação desregrada, associada, entre outros fatores, à baixa atividade física, não poderia ter outro resultado. Cerca de 37% das estudantes apresentaram excesso de gordura corporal e 12% estavam em risco de sobrepeso. A permanência do sobrepeso e da obesidade nos adolescentes pode futuramente aumentar o risco para doenças do coração, excesso de colesterol e favorecer o aparecimento de diabete melitus alerta. Em meio a estatísticas que demonstraram uma alimentação ruim, um dado chamou a atenção das estudantes. Mais da metade da amostra afirmou consumir mais de três unidades de frutas e hortaliças por dia, considerado ideal. Apesar dessa ser uma boa notícia, a quantidade de fibras ficou abaixo do esperado quando analisada a alimentação do dia anterior, contradizendo as expectativas.
Para a professora Kênia Maria de Carvalho, que orientou o trabalho, esse é um dado que merece ser analisado mais a fundo. Novos levantamentos poderiam confirmar a real ingestão de frutas, denotando preocupação com a saúde e a estética pelas mulheres na adolescência.
Redução Alimentar - Embora o objetivo da pesquisa tenha sido desenhar um perfil do consumo, Raquel explica que os dados podem ser utilizados para atividades de conscientização e de promoção de uma alimentação saudável entre os adolescentes, familiares e donos de cantina. Um exemplo? Incentivar o consumo da fruta em vez do suco, e preferir o suco natural ao refresco; trocar o salgado frito pelo assado sempre que possível, enumera.
Para Raquel, a educação nutricional nessa faixa etária é muito importante para que as adolescentes passem a ter escolhas mais saudáveis. De acordo com a estudante, as alunas não precisam cortar totalmente refrigerantes, balas e chocolates. Seria ideal que elas consumissem de uma a duas vezes por semana e procurassem, sempre que possível, substituir um doce por uma fruta. O fato de as alunas apresentarem boas condições socioeconômicas, favorece o acesso aos alimentos mais saudáveis.
Kênia diz que pela resistência natural de adolescentes a mudanças, a melhor estratégia não é proibir mas trabalhar na negociação para acrescentar alimentos saudáveis e, quem sabe, assim os salgadinhos vão perdendo status, porque os outros vão ganhando<,p>
Embora a amostra tenha sido composta apenas de mulheres por uma questão metodológica, as recomendações não eximem os garotos. A preocupação com relação aos hábitos envolve meninos e meninas, explica Kênia.
O estudo gerou um pôster apresentado no Congresso de Iniciação Científica ocorrido no início de outubro na UnB. As pesquisas foram realizadas durante novembro de 2006 e junho deste ano.

Freqüência de consumo semanal Nunca a uma vez 2 a 4 vezes 5 a 7 vezes Salgado 16,3% 53,1% 30,6% Bolo 49% 42,9% 8,2% Biscoito Recheado 38,8% 32,7% 28,6% Chocolate 18,4% 51% 30,6% Balas e similares 4,1% 10,2% 85,7% Refrigerante 20,4% 46,9% 32,7%

Contato da pesquisadora: Raquel Costa Ferreira racanut@gmail.com
Informações Assessoria de Comunição da UNB (61) 3307-2028/ 3307-2029/ 3307-2246 secom@unb.br
Fonte: Assessoria de Comunição da UNB
Assessoria de Comunicação(61) 3411.3349 / 2747
www.presidencia.gov.br/consea ascom@consea.planalto.gov.br

ÁGUA PRA GENTE

*por William Ferreira A água passa nos canos, mas não é para os canos. É para as pessoas, para os animais, para as lavouras, até mesmo...