16 de maio de 2012

Conab lança PAA na Tela

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) abriu um concurso de vídeos que premiará os 20 melhores filmes que retratarem experiências de associações, cooperativas e entidades beneficiadas pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e pela Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sóciobiodiversidade (PGPM-Bio), ambos operados pela Conab.

Cada um dos 20 vídeos selecionados receberá um prêmio no valor de 5 mil reais. Os interessados podem fazer suas inscrições na página da Companhia na Internet (www.conab.gov.br/premiodevideospaa), onde também está disponível o Regulamento do Concurso, com todos os detalhes para os participantes.

Informações
www.conab.gov.br

Fonte: Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

8 de maio de 2012

Amazonas discute qualidade da alimentação escolar

A Assembleia Legislativa do Amazonas realizou nesta segunda-feira (7) uma audiência pública para discutir a qualidade da alimentação nas escolas públicas e privadas. O debate deve resultar em lei estadual de alcance amplo para disciplinar a comercialização de alimentos nas cantinas escolares.

Realizada a partir de discussões com diversos segmentos envolvidos, a audiência foi proposta pelo deputado estadual Antônio Chico Presto (PSD), e reuniu representantes do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-AM), do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), da Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas (FVS) e representantes da Secretaria de Educação.

A secretária executiva do Consea-AM, Leila Bressane, apresentou dados de que apenas 15 escolas municipais, 16 escolas estaduais e uma federal possuem cantinas escolares. Ela propôs a criação de um grupo de trabalho ampliado para discutir o assunto e subsidiar o Projeto de Lei.

O presidente do Consea-AM, Marck Arthur Storck, disse que o Amazonas está entre os quatros estados que não assinaram o termo de adesão ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan).

“Isso acarreta uma perda de R$ 250 milhões todos os anos”, disse. De acordo com Marck, o que falta efetivamente para que o estado participe do Sisan é que o governo assine a adesão ao programa em curto tempo e consiga convênios junto ao Governo Federal, bem como os repasses financeiros para que diversas secretarias executem políticas públicas, minimizando o problema de logística.

Médico veterinário, Augusto Kluczkovski Júnior, da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) argumentou que hoje 22% da merenda escolar em escolas estaduais são impróprias para o consumo, até pela manipulação inadequada. “Falta higienização”, disse ele.

Presidente do CAE, Raimundo Torres, também falou de uma série de irregularidades quanto à merenda escolar. Segundo ele, muitos problemas ocorrerem por causa da gestão das escolas. “Se a merenda da cantina não tem qualidade, porque aceita?”, questionou ele, acrescentando que existe legislação que proíbe cantinas nas escolas públicas e nas escolas particulares, haverá uma regulamentação pública.

Fonte: Jornal A Crítica (Amazonas)

Consea participa dos diálogos para o Desenvolvimento Sustentável

De 16 a 19 de junho será realizado no Rio de Janeiro o evento “Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável”, no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a chamada Rio+20.

O professor Renato Maluf, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), conselheiro e ex-presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), é um dos dez especialistas convidados.

“Sua participação certamente representará uma contribuição excepcional não apenas para o sucesso da Rio+20, como também para nosso objetivo comum de elevar o tema do desenvolvimento sustentável ao topo da agenda internacional”, afirmam no convite os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente).

O conselheiro falará no painel "Segurança Alimentar e Nutricional", dia 17 de junho. As recomendações resultantes de cada uma das dez mesas redondas serão encaminhadas diretamente aos Chefes de Estado e Governo presentes no Segmento de Alto Nível da Rio+20.

Fonte: MRE e MMA

4 de maio de 2012

A ameaça chinesa


Vai e volta, a ameaça chinesa continua atormentando um sem número de empresários e comentaristas da imprensa escrita, falada e televisiva. O que não impede, pelo menos alguns dos empresários, ao mesmo tempo em que bradam contra a tal ameaça chinesa, irem comprar produtos chineses na Feira de Cantão, que afinal de contas eles não são de ferro, e o que mais lhes interessa é elevar seus lucros.
Vai e volta, também existem economistas, alguns deles sinceros, que sequer se dão conta de que estão repetindo chavões criados nos centros de propaganda do primeiro mundo, e repetidos principalmente por Veja e congêneres, ao reiterarem que o Brasil não pode competir com os salários de fome, nem com um país que somente produz para o mercado externo, e que somente cresce a altas taxas porque lá não há democracia, como no Brasil.
Assim, vai e volta, somos obrigados a voltar ao tema China. Mesmo porque, goste-se ou não dela, ela tem sido fundamental para manter superavitária a balança comercial brasileira há cerca de 8 anos. E tem jogado um papel importante para mostrar, a todos os países atrasados do ponto de vista capitalista, que é possível um caminho diferente do neoliberalismo, sem fugir da globalização. Além disso, em anos mais recentes, apesar das resistências de áreas privadas e de setores do governo, ela tem contribuído para a industrialização brasileira, com investimentos em plantas de manufatura de bens intermediários de capital.
O problema parece consistir em que algumas pessoas se sentem na obrigação de justificar o atraso brasileiro, em seu processo de desenvolvimento, colocando a culpa na China. E o que parecia argumento superado, como o suposto salário de fome chinês, voltou a ser repetido para explicar a competividade chinesa. Prova: estatísticas recentes mostram que os salários chineses são 1/15 ou menos do que os salários médios internacionais. O que é verdade. Porém, do ponto de vista do poder de compra do trabalhador chinês, isso simplesmente não quer dizer nada. Por que? Porque os preços internos chineses são 1/25 ou 1/30 ou menos do que os preços internacionais.
Em outras palavras, algo que deveria ser do beabá da economia, isto é, diferença entre salário nominal e salário real, ou poder de compra nominal e poder de compra real, é escamoteado. Tudo para esgrimir argumentos que expliquem a competitividade chinesa pela forma mais rastaquera possível. Em termos de poder de compra, o menor salário chinês compra pelo menos três vezes mais do que o salário mínimo brasileiro, simplesmente porque os preços de monopólio praticados pelo agronegócio e pelas multinacionais instaladas no Brasil são altos, enquanto os preços de concorrência praticados pelas empresas chinesas são baixos.
É evidente que os baixos salários chineses, em comparação com os salários médios internacionais, têm papel na competividade chinesa no mercado internacional. Porém, é preciso agregar a essa capacidade competitiva a escala da produção, a logística de primeiro mundo, também de baixo custo, taxas tributárias reduzidas, juros baixos e taxas de câmbio relativamente desvalorizadas, estas com base numa reserva de quase 3 trilhões de dólares em moedas internacionais.
O que nos deveria preocupar nessa questão do salário é por que os salários brasileiros, sendo relativamente baixos em termos internacionais, têm um poder de compra ainda mais baixo em termos de mercado interno. Ou, mudando o enfoque, por que os preços brasileiros, em termos internacionais, são tão ou mais altos do que preços praticados não só em outros países idênticos, mas até mesmo em países desenvolvidos.
É lógico que nossas reservas em moedas internacionais melhoraram, mas ainda não garantem uma desvalorização mais firme do real. Que as taxas de juros praticadas no Brasil são indecentes, para garantir a lucratividade dos rentistas. Que nosso sistema tributário é regressivo, recaindo principalmente sobre os salários e as empresas médias e pequenas. Que nossa logística é caríssima, decorrente de uma matriz de transportes construída para favorecer a indústria automobilística e não a circulação das mercadorias, além de quase ter sido destruída nos anos de domínio neoliberal. E que nossa escala produtiva, além de ser relativamente reduzida, é dominada por corporações transnacionais que exercem sobre ela o oligopólio ou o monopólio.
Bem vistas, as acusações à China na verdade pretendem esconder essas mazelas, que são nossas, e são as principais responsáveis pela baixa competitividade da indústria brasileira. Afora isso, para finalizar, o mercado interno chinês já engloba, em termos de paridade de poder de compra, mais de 400 milhões de pessoas na classe de renda A, e mais 500 milhões nas classes de renda B e C. Se isso não quer dizer nada em termos de mercado interno, então é preciso jogar fora todos os livros de economia, em especial os de economia política. Quanto ao mais, ficam para o próximo ataque de nervos anti-chinês.

Fonte: Site Wladimir Pomar, em 02/5/2012

ÁGUA PRA GENTE

*por William Ferreira A água passa nos canos, mas não é para os canos. É para as pessoas, para os animais, para as lavouras, até mesmo...