25 de julho de 2006

Educadores e profissionais que lidam com saúde mental nos municípios de Olinda, Recife, Jaboatão e Cabo são capacitados



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Primeiro curso de extensão em Políticas Públicas de Atenção Integral a Criança e Adolescente tem apoio do Unicef e conta com recursos do MEC





De hoje até a próxima sexta-feira (24 a 28), cerca de 450 educadores, psicólogos, coordenadores e técnicos em saúde mental; além de juízes, promotores, conselheiros municipais e tutelares e Ong`s que atuam no Projeto Saúde na Escola: Tempo de Crescer, desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento e Assessoria Social (Ideas), serão beneficiados com o primeiro curso de Extensão em Políticas Públicas de Atenção Integral a Criança e ao Adolescente no Estado. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Fundo das Nacões Unidas para a Infância (Unicef), Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho) e Ministério da Educação (MEC), que destinou recursos da ordem de R$ 80 mil para a capacitação que está sendo realizada na Facho.
O Projeto Saúde na Escola: Tempo de Crescer existe há sete anos e, atualmente, atende mais de oito mil crianças, com idades de 0 a 18 anos, em situação de risco psíquico ou marcadas pelos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID) na rede municipal de ensino de Olinda, Recife, Jaboatão e Cabo de Santo Agostinho, além de abrigos (através de parcerias com a Comissão Estadual Judiciária de Adoção –CEJA – e Núcleo de Orientação e Fiscalização às Entidades de Abrigo - NOFE), centros de convivência e espaços públicos que necessitam de uma atenção individualizada.
De acordo com a psicóloga, Carmen Vasconcelos, que está coordenando o curso e integra o Grupo Gestor do Projeto, o objetivo da capacitação é ampliar a sensibilização para as políticas públicas de atendimento a esses jovens e dar maior visibilidade a metodologia aplicada no Saúde na Escola: Tempo de Crescer. Segundo a atual perspectiva inclusiva, o ambiente escolar precisa se transformar para receber os alunos com deficiência, oferecendo serviços complementares na área pedagógica ou de saúde. Dados do Censo Escolar 2003, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apontam que já no ano passado foi registrado um aumento de 30% no volume de matrículas de crianças com deficiência em salas comuns.
"E, é justamente esse o contexto no qual o Saúde na Escola se insere com ações que englobam as áreas de Saúde, Educação e Assistência Social", afirma Vasconcelos dizendo que as escolas precisam adaptar seus conteúdos e mudar o modo de ensinar para poder garantir os resultados. As aulas irão fornecer aos educadores e técnicos recursos mais adequados para trabalhar com cada tipo de deficiência.
O curso de Extensão em Políticas Públicas de Atenção Integral a Criança e ao Adolescente conta com a presença de monitores de várias capitais do país com abordagem de temas ligados às questões das crianças e adolescentes como Família, Sexualidade, Abrigamento, Hiperatividade, Psicomotricidade, Transtornos Invasivos, Linguagem e Infância e Adolescência.
Na abertura do evento, hoje (24) pela manhã, estiveram presentes a coordenadora de Articulação da política de Inclusão do Ministério da Educação (MEC) Denise Alves; o juiz de Direito da 2ª Vara da Infância e Juventude Hélio Brás Mendes; a assessora de Projetos do Unicef Ana Azevedo; entre outras autoridades dos municípios envolvidos.
Na ocasião, o coordenador do Unicef no Recife, Fábio Atanásio fez o lançamento da segunda edição do livro Saúde na Escola: Tempo de Crescer que integra a Coleção Faz e Conta editado pela instituição. A publicação apresenta em linguagem jornalística uma rica experiência do processo de construção de políticas públicas para o atendimento a crianças e adolescentes com autismo e psicose infantil no Estado.




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