17 de setembro de 2008

Sem água, não há segurança alimentar, defende ANA

É impossível pensar em segurança alimentar e nutricional sem água. Água para matar a sede, para plantar, para cozinhar, para a higiene. Esse foi o tom da apresentação do diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado, durante a VI Plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), ocorrida em Recife (PE), no início do mês.
Realizada em homenagem ao pensador pernambucano Josué de Castro, que completaria 100 anos no dia 5 de setembro, a Plenária discutiu situações de restrição ao acesso à água e suas inter-relações com a agricultura e o saneamento, por exemplo. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em seu relatório "Situação Mundial da Infância 2008", a água imprópria para beber, a quantidade inadequada de água para lavar e cozinhar e a falta de acesso a saneamento respondem por cerca de 88% das mortes causadas por doenças diarréicas no mundo.
Buscas de solução - Durante a reunião, Machado apresentou algumas ações da ANA com vistas a ajudar a garantir água para os brasileiros e, assim, reforçar a luta por segurança alimentar. Entre os projetos destacados, estão a atualização e a ampliação do Atlas Nordeste - Abastecimento Urbano de Água; e a elaboração dos Atlas Sul e Regiões Metropolitanas.
Conduzidos pela ANA, os estudos estão sendo feitos em articulação com diversos atores, como órgãos governamentais federais e estaduais e instituições da área de gestão de recursos hídricos e de saneamento ambiental. Os Atlas vão envolver levantamentos de demandas e avaliações dos sistemas de abastecimento, identificando onde está a água, como e com que qualidade ela chega à população. Além disso, eles vão apontar alternativas para atender às demandas de abastecimento humano até 2025.
Distribuição desigual:
Disponibilidade de água
Brasil: 33.000 m³/hab/ano
Pernambuco: 1.320 m³/hab/ano
Agreste de Pernambuco: 819 m³/hab/ano
Fonte: Agência Nacional de Águas
Por: Denise Caputo

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